A Nova História do Brasil
Dados da
Obra
TITULO: A nova
História do Brasil
AUTOR: Armelle Enders
EDITORA: GRYPHUS
PAG.: 270
Sobre
o autor:
Armelle Enders é Professora e conferencista,
da história Contemporânea na Universidade de paris IV-Sorbonne.
Especializou-se em História do Brasil nos
séculos XIX e XX e colonizações Europeias.
Sobre
a obra:
Esta
autora Francesa promove nesta obra um belo resumo da história do Brasil.
A divisão por capítulos é feita de forma bem
didática:
CAPITULO I –
Pré-História ( 12000 a.c à 1500d.c )
CAPITULO II –
Na esteira da rota das Índias ( 1530 à 1580 )
CAPITULO III
– Um arquipélago de colônias ( Sec XVII )
CAPITULO IV –
O Século de Ouro da América Portuguesa ( 1700 – 1808 )
CAPITULO V –
A nova Corte Imperial ( 1808 – 1820 )
CAPITULO VI –
Independências ( 1820-1840 )
CAPITULO VII
– Escravidão e civilização. Império ‘coerente’ ou império contraditório? (
1840-1889 )
CAPITULO
VIII – Os Estados Unidos do Brasil. Federalismo, Liberalismo e Oligarquias. (
1889-1930 )
CAPITULO IX –
Nacionalismo, Trabalhismo, Desenvolvimento. ( 1930-1964 )
CAPITULO X –
Ordem e Regressão: Os militares no poder ( 1964-1985 )
CAPITULO XI –
Uma democracia, uma grande potência ( 1985-2007 )
“ Nesta
perspectiva, a história do Brasil constitui excelente exemplo para observar que
a fragmentação do mundo não é um fenômeno atual. A construção deste País
resultou de um processo bem mais complexo do que a relação de dependência com a
Europa, e, a partir do século XVI, os estabelecimentos portugueses e suas
atividades pioneiras foram ponto de confluência de homens vindos de latitudes
diferentes e onde se entremearam as influencias culturais diversas.”
Gostei muito desta divisão. Principalmente porque agora estou fazendo faculdade de História, isto facilita os estudos.
Devemos lembrar que é uma visão Europeia da
história do nosso país.
Há uma ênfase em nossas contradições como
sociedade. Descreve bem detalhadamente o papel dos Portugueses e Brasileiros no
que tange ao trafico negreiro e sobre o sistema econômico escravista.
O que achei mais interessante foi o capítulo
dedicado à ditadura Militar. Não há aquela ‘ojerização’ deste período, vista
muitas vezes nos autores Brasileiros. O que há é uma retratação do período, sem
uma demonstração partidária, isto ajuda a construir melhor o entendimento deste
período.
“ A ditadura
militar foi o momento de superlativos e
construções gigantescas. A Usina Hidrelétrica de Itaipu, projeto binacional do
Brasil e do Paraguai governado pelo general Stroessner, foi construído no rio
Paraná na fronteira entre os dois países a partir de janeiro de 1975 e, até a
inauguração da Hidrelétrica de três Gargantas na China em 2006, era a maior
barragem do mundo. Em 1974 foi construída a ponte Presidente Costa e Silva, com
13 quilômetros de comprimento, que atravessa a baía de Guanabara e liga o Rio
de janeiro a Niterói. “
Nos capítulos dedicados a colonização mostra
claramente o investimento feito na ocupação do Litoral em detrimento do
Interior do País. Esta estratégia trará forte impacto após a independência,
principalmente durante o período regencial, onde teremos uma séria de revoltas
justamente nestas regiões.
A história do nosso país é muito mais complexa do que fomos levados a pensar. A construção do Império Brasileiro por exemplo, teve muito mais a influencia do sistema Imperial Austríaco do que o Frances.
Um livro para quem quer aprender um pouco
mais sobre o nosso país. Recomendo para estudantes de História e estudantes de
segundo Grau. Tem muito material para pesquisa e estudos.
Boa leitura.