quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O Barão Vermelho



Richthofen Circus

   Richthofen morreu em 21 de Abril de 1918, deixando um legado extraordinário histórico de 80 vitórias oficialmente creditadas, número que não seria superado por outros pilotos até a II guerra Mundial. Apenas três pilotos da primeira guerra conseguiram superar a marca dos 70 aviões abatidos: Willy  Bishop (72) e René Fonck (75), além do próprio Richthofen. As vitórias do Barão vermelho representam 126 baixas para os aliados, entre mortos, feridos e capturados. Todos britânicos, com exceção de um piloto belga, abatido em 1917.”








TITULO: O Barão Vermelho

AUTOR: J. Eduardo Caamano Justos

EDITORA: Denied Books

PAG: 905








              
  Este livro adquiri pela Amazon para o dispositivo Kindle, Mas a edição física lançada na Espanha é mais rica na questão de fotos e figuras. Infelizmente o mercado nacional optou por uma edição para simples.

   Mas ainda assim isto não ofusca a obra. Para o nosso mercado, desconheço outra obra que trate de forma tão detalhada sobre a vida do famoso “Barão Vermelho”.

   

Interessante notar, que a trajetória de vida do Barão, está intrinsicamente ligada a história da evolução do combate aéreo e das aeronaves que disputavam os céus durante a primeira guerra Mundial. Os aviadores deste período eram desbravadores. Não existiam treinamentos para lhes ensinar a combater. As coisas começaram no improviso, na tentativa erro e isso é que faz a lenda do Barão Vermelho ser tão duradoura. Há de se lembrar que entre a invenção da aeronave e a primeira guerra mundial, haviam se passado apenas onze anos. E nos quatro anos de conflito, as aeronaves tiveram um avanço tecnológico até 5x maior que nos onze anos anteriores.



   
Manfred Von Richthofen, da linhagem de uma família que havia recebido seus primeiros títulos de nobreza no século XVI. Mas mesmo os títulos não o impediram de arriscar a vida pelos seus companheiros, depois seus liderados.



O livro narra toda a trajetória, dando uma visão histórica dos fatos que ocorriam na guerra, com as missões do qual o Barão tomava parte. Ainda nos traz ricos apêndices, com a relação de medalhas ganhas pelo Barão Vermelho, lista dos aviões abatidos e dos modelos pilotados.

  Trás também todos os estudos realizados para determinar quem de fato o matou. Fato este até hoje indeterminado.






 “ É com muito pesar que acabo de receber do comando geral do serviço aéreo alemão o relatório informando que seu valente filho, rittmeister Freiherr von Richthofen, foi morto em combate. As conquistas alcançadas por este jovem líder jamais serão esquecidas por mim, pelo exército e pelo povo alemão. Comparto sinceramente da sua dor. Que Deus lhe conceda o bálsamo de seu consolo.”Kaiser Guilherme II da Alemanha.

Fokker DrI

 
Albatroz D.III

   Duas das aeronaves pilotas pelo Barão Vermelho.

   Toda a guerra tem sua lenda, o Barão Vermelho foi a da Primeira Guerra. Por este motivo talvez que muitos acham que trata-se apenas disto, uma lenda. Outros ainda acham que seus feitos foram exagerados pela imprensa alemã. 
  Mas o Barão foi o que foi e isto já foi exatamente tudo que falaram sobre ele, e não precisa mais nada.




 Uma fonte rica de informações sobre as aeronaves do conflito; sobre as técnicas dos primeiros combates; sobre os grandes ases da aviação e sobre a primeira guerra em si.

Fokker Eindecker
Gotha GII

  Mais sobre aviões da primeira guerra mundial, que vão ajudar na leitura do livro:

https://sites.google.com/site/clubdoguixx/i-guerra-mundial/sobre-os-avioes-da-i-guerra-mundial


 Boa leitura.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

História da Reforma



 A história dos reformadores é inspiradora e merece ser visitada em detalhes. A Igreja cristã da Idade Média havia se corrompido de tal maneira que muitos dos ensinamentos da Bíblia haviam sido totalmente distorcidos. É nesse contexto que surgem reformadores dispostos a sacrificar a própria vida para que a realidade fosse transformada. Com uma combinação única de relatos históricos e comentários teológicos, História da Reforma, de Carter Lindberg, traça um panorama dos acontecimentos que levaram à Reforma Protestante e dos efeitos que repercutiram desde então.”





 
TITULO: História da reforma

AUTOR: Carter Lindberg

EDITORA: Thomas Nelson

PAG: 574







             
   Uma edição em belíssimo acabamento em capa dura. Lançado ano passado junto a outros dois livros, um sobre a Teologia da reforma e outro com o título “A primeira dama da reforma”.

  Estudar a reforma é estudar o processo de formação do mundo que vivemos hoje. Nas palavras de Heiko Oberman: “Sem os reformadores, não haveria reforma. Fatores sociais e políticos guiaram, aceleraram (e também impediram) a divulgação e os efeitos públicos da pregação protestante. Entretanto, em uma pesquisa da época como um todo, não podemos superestimá-los, vendo-os como causa da reforma, nem como sua precondição fundamental.” 


  A narrativa empregada por Lindberg nesta obra, consegue retratar a Reforma de uma forma ampla. Mostrando todos os aspectos como Sociedade, religião, economia, política e personagens são reunidos para construir esta narrativa sobre um dos maiores acontecimentos da história do cristianismo e do mundo. É importante salientar que todo a base no qual a reforma irá se apoiar é a religiosidade da idade média.

  Para quem não lembra, ou não conhece a história, vamos a um pequeno resumo.

  Com a formação das monárquicas, que dominava a Europa, desde o final da Idade Média, a relação entre reis e Igreja começa a ficar em constante risco. Até este momento, a Igreja Católica centralizava o domínio espiritual sobre a população e do poder político-administrativo dos reinos fragmentados que foram a marca do período feudal.

 A Igreja – que possuía grandes extensões de terra - recebia tributos feudais. Com o fortalecimento do Estado Nacional, período Absolutista, essa prática passou a ser questionada pelos monarcas que desejavam reter estes impostos no seu reino.
Do outro lado da moeda tínhamos uma Burguesia em ascensão e os camponeses, que também estavam descontentes com a Igreja.

  Na Alemanha, os mosteiros e bispados possuíam imensas propriedades. Muitas vezes, os bispos e os abades viviam às custas dos trabalhadores da cidade e dos campos.

 A Igreja condenava a cobrança de juros por empréstimos, considerada pecado, e defendia a comercialização sem lucro, o chamado "justo preço". Isto reduzia o poder de investimentos da burguesia mercantil e manufatureira.

  O clero fazia uso da sua autoridade para obter privilégios, a Simonia, que é a venda de cargos da Igreja, era uma prática comum desde a Idade Média. Porém o maior escândalo Era a venda de indulgências, isto é, o perdão dos pecados em troca de pagamento em dinheiro a religiosos.



  Muitos acham que Lutero foi o grande idealizador das ideias e dos ideais que levaram a reforma. Mas já nos séculos 14 e 15 alguns movimentos esporádicos de protestos surgiram e alguns líderes foram chamados posteriormente de pré-reformadores: João Wycliff (1325-1384), João Huss (~1372-1415) e Jerônimo Savonarola (1452-1498).   Estes críticos pré reformadores combaterem irregularidades e imoralidades do clero, (condenar superstições, peregrinações, veneração de santos, celibato, venda de indulgencias e até as pretensões papais). Mas assim como Lutero, estes movimentos não pretendiam romper com a Igreja e sim fazer uma reforma no sistema.

  Neste livro acompanhamos toda a trajetória de Lutero e de seus seguidores. Muitos até desconhecidos do público em geral.


                           Calvino

  Um exemplo disso foi Ulrico Zwínglio (1484-1531), reformador da Suíça, no movimento conhecido como “segunda Reforma” que deu origem às Igrejas Reformadas na Suíça alemã e no sul da Alemanha, promovendo mudanças mais radicais que os luteranos.

  Os reformadores radicais ou Anabatistas (rebatizadores), geraram o terceiro movimento reformado, em Zurique, Suíça, sendo mais fanáticos, entusiastas e radicais. Os anabatistas defenderam a separação completa entre igreja e estado.


 Mas não vou estragar as surpresas da obra. Leitura obrigatória para Historiadores, Teólogos e estudantes do período.

 Uma fonte rica de informações.

 Boa leitura.


sábado, 6 de janeiro de 2018

2080




 “A descoberta da vida extraterrestre, naqueles anos, levou gente de toda espécie a questionar seus valores. Embora a humanidade não tivesse travado contato direto com formas inteligentes de vida alienígena, foram captados sinais, pelos radiotelescópios da terra, que atestaram ser, de modo inequívoco, de civilizações avançadas, devido a certas características.(...)”







  TITULO:  2080

   AUTOR: Robson Pinheiro

   EDITORA: Casa dos espiritos.

   PAG.: 282









   Sobre o autor:

      Espirita mineiro, autor de mais de 40 livros mediúnicos. Seu autor espiritual é Ângelo Inácio. Robson fundou e dirige a sociedade espírita Everilda Batista desde 1992.

     Devido aos seus trabalhos e reconhecimento nacional, em 2008 tornou-se cidadão honorária de Belo Horizonte.

  Sobre a obra:

      Mais uma vez a casa dos espíritos faz um trabalho belíssimo nesta editoração. O trabalho gráfico das capas, com uma texturizada inclusive da lombada do livro, traz um resultado incrível.

    Para quem nunca leu esta linha de livros do Robson, vou tentar resumir, apesar de já vir colocando aqui neste blog alguns livros dele. Para quem já teve algum contato com livros psicografados, na sua grande maioria são voltados a ensinamentos, aprendizagem e doutrinações.  Mas a missão dos trabalhos de Ângelo e Robson é de trazer livros que nos incomodem, que nos façam refletir muito a fundo sobre nossa real natureza. Ele quebra, desconstrói ideias pré concebidas de um mundo espiritual utópico. Na verdade ele mostra que nossas imperfeições humanas também estão presentes no outro lado da vida. Que precisamos entender isso, aprender como o inimigo joga o jogo sujo, se não corremos o risco de entram em campo já perdendo de goleada.

    Mas vamos a obra. Como o título sugere, o livro é sobre um tempo futuro, 2080, não necessariamente será este o ano dos acontecimentos desenrolados na obra, como o autor coloca, o ano foi aleatório.

  O mais incrível do livro é com relação aos seus escritores espirituais. Desta vez não é Ângelo Inácio quem balança a pena do outro lado, e sim Júlio Verne.  Como? Nunca ouviu falar de Julio Verne?



  # Júlio Verne, (1828-1905), é considerado por críticos literários o inventor do gênero de ficção científica, tendo feito predições em seus livros sobre o aparecimento de novos avanços científicos, como os submarinos, máquinas voadoras e viagem à Lua.
  Até hoje Júlio Verne é um dos escritores cuja obra foi mais traduzida em toda a história, com traduções em 148 línguas, segundo estatísticas da UNESCO, tendo escrito mais de 100 livros.



   E ele não esta sozinho do outro lado. Com o intuito de realizar uma visão do futuro, Verne de juntou ao sensitivo Edgar Cayce...  Também nunca ouviu falar?


  # Cayce, (1877-1905), um dos maiores clarividentes da História. Era chamado pela mídia norte-americana de "O Profeta Adormecido", porque predizia eventos futuros e prescrevia medicamentos com os olhos fechados, em um suposto estado de "transe".

  Entre algumas predições que teria realizado, estão a previsão do início e do fim dos conflitos da I e II Guerras Mundiais, o surgimento do Nazismo, os conflitos raciais dos EUA desde o início dos anos 20, as datas dos falecimentos de dois dos Presidentes dos EUA à época, a extinção da Liga das Nações (organização que antecedeu a ONU em princípios e objetivos), a Grande Depressão Econômica (1929-1934) dos EUA, o fim do comunismo na Rússia e o surgimento da China como grande potência econômica e cultural.


  E ai, precisa falar mais sobre esta obra?

   Este, segundo o autor e o que esta escrito na capa, é o primeiro livro. Tem muita previsão interessante sobre EUA, BRASIL, RUSSIA e CHINA. Sobre o Brasil em particular muitas das previsões escritas já estão acontecendo. Isto é realmente assustador.

   Qualquer coisa que escreva aqui vai estragar a surpresa da leitura.

  CONCLUSÃO

      
   Apesar do livro se orientar ao que seria um cenário pelo ano de 2080, como os autores dizem ao longo do livro, são previsões. Os vislumbres não permitem a eles saber ao certo, quando se darão os eventos. Nem se os eventos ocorridos em locais diferentes serão paralelos, ou seja, podem acontecer agora no Brasil o que foi previsto e só daqui a 30 anos o que foi previsto nos EUA. Não é uma ciência exata.

  Mas o interessante é observarmos os sinais. Existem pontos chaves que serão os pontos determinísticos que desencadearão os eventos. E acredito que a missão deste livro é fazer-nos conhecer estes pontos. Vou falar aqui um, só para vocês terem uma ideia. Em anos de existência da Igreja e do papado, nunca ouve um Papa que escolhesse o nome de Pedro. Claro, Pedro o fundador da igreja segundo os evangelhos. Mas Cayce aponta que estes eventos estarão vinculados a subida de um Papa que para seu pontificado escolherá o nome de Pedro e será conhecido como Pedro II!!!!!

  Buscadores, leiam este livro.


  Boa leitura.

ACHTUNG, PANZER!



   “ Na medida em que os carros de combate e tornaram consideravelmente mais rápidos que a infantaria, o conceito limitado de emprega-los como apoio a ela foi sendo gradualmente substituído pela noção de grandes formações mecanizadas. Elas não cabiam na visão estreita de seu emprego apenas em batalha de blindados a fim de obterem ruptura. Elas incluíam também os elementos de reconhecimento e a capacidade de conduzir através do campo o mínimo de infantaria e artilharia imediatamente atrás dos carros de combate, com o intuito de manterem o terreno conquistado pelos blindados. A característica recém adquirida pelos carros, sua velocidade, pode ser explorada desde o primeiro contato. Agora é possível pensar em empregar as grandes formações mecanizadas de forma independente.”



  




   TITULO:  ACHUTUNG, PANZER!

   AUTOR: Heinz Guderian

   EDITORA: Biblioteca do exército editora.

   PAG.: 281









   Sobre o autor:

      Alemão, nascido em 1888. Combatente da grande guerra, participou da grande batalha de Verdun. Após a guerra começou um longo trabalho sobre a influência das grandes formações motorizadas.

  Em 1931 foi promovido a Tenente-Coronel, sendo então o inspetor das unidades motorizadas. 

   Era dos poucos que discutia com veemência e abertamente com Hitler. Heinz Guderian é o patrono das divisões Panzer alemãs e considerado um dos melhores comandantes de blindados de todos os tempos.


  Sobre a obra:

      A presente obra, trazida até nós pela editora do exército, talvez por isso pouco conhecido do público em geral. Mas não pense você que trata-se de uma leitura pesada, técnica, voltada ao público militar em específico. Negativo. O livro, que fora escrito originalmente em 1937, possui um estilo leve e de agradável leitura.

   Guderian faz todo um estudo dos fatos ocorridos durante a grande guerra, no qual foram empregados os blindados pela primeira vez na história. Ele faz todo um minucioso estudo do conflito, do uso da metralhadora, do fuzil de retrocarga, do gás, das trincheiras, dos canhões, do avião até no desenvolvimento e emprego dos primeiros blindados. Uma fonte bem interessante sobre o período.

“Na França, o desapontamento pelo fracasso da ofensiva de 16 de Abril de 1917 provocou violentas críticas contra o carro de combate. Entretanto, não demorou para que o valor dos blindados fosse provado em combates posteriores, e, de fato, a contribuição deles já era reconhecida pelos círculos oficiais, como demonstra a ordem do dia n°76, expedita pelo alto comando em 20 de Abril de 1917: ‘Os blindados foram as primeiras forças a penetrarem a segunda linha inimiga na frente de Juvincourt e asseguraram sua conquista. Essa foi a primeira aparição no campo de batalha, e conquistaram, pelo próprio valor, um lugar de honra entre seus camaradas, demonstrando o que podemos esperar do carro de combate no futuro.’ ”
  

    O desenvolvimento das medidas defensivas contra os carros de combate também são tratados em seu contexto histórico ao longo do período.

   Como no pós guerra a Alemanha estava limitada pelo tratado de Versalhes a não possuir qualquer armamento moderno. 

   Isto inclui aviação, submarinos, artilharia pesada e tanques. A partir da página 163 vamos acompanhar a saga alemã na reconstrução destas armas. Interessante que, como o tratado os proibia de possuir os veículos, não falava nada sobre treinamento tático e técnicas no uso desta arma. Desta forma os oficiais alemãs se preparam nos estudos teóricos desta nova arma. E como os outros países continuavam a desenvolver o carro de combate, estes desenvolvimentos eram vorazmente analisados por este corpo de oficiais.



   Para escapar dos olhares da Liga das Nações, os primeiros blindados fizeram seus testes de campo na URSS.

  CONCLUSÃO

      Apesar de Guderian não usar o termo BLITZKRIEG, já que na verdade este termo, ao que tudo indica, foi ‘criado’ pela revista TIME, logo após a conquista da Polônia pela Alemanha. Mas é Guderian  quem vai lançar as bases desta inovadora tática de combate, no emprego de todas as forças em apoio mútuo.





 “O sucesso será provavelmente alcançado somente quando todo o sistema defensivo puder estar sob ataque mais ou menos ao mesmo tempo. Quando o ataque começar, a retaguarda inimiga deverá estar sob vigilância aérea para identificar o movimento dês reservas inimigas e para lançarmos nossos aviões de combate contra elas. As forças aéreas devem concentrar seus esforços para impedir ou pelo menos retardar o movimento de tais reservas para o ponto de ruptura da posição”







   Por útimo, interessante salientar que Guderian, quando soube da perspectiva da Alemanha invadir a URSS em 1941, escreveu um memorando ao Alto-Comando, opondo-se veementemente à operação Barbarosa.


  Boa leitura! 

sábado, 4 de novembro de 2017

Espadas Sacras. Jihad na Terra Santa - 1097-1291




“ Deus cobrará dos fieis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos. É uma promessa infalível, que esta registrada no Torá, no Evangelho e no Corão. E quem é mais fiel à sua promessa do que Deus?”
Corão: Sura 9, v 111






  TITULO:  Espadas Sacras – Jihad na Terra Santa – 1097 - 1291

   AUTOR: James Waterson

   EDITORA: Madras

   PAG.: 236









   Sobre os autores:

   Graduado na escola de estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres. Mestrado pela Dundee. Autor de mais dois livros sobre o tema, Knights of Islam e The Ismaili Assassins.

  Sobre a obra:

      A presente obra, trazida até nós pela editora Madras, apresentada com a qualidade que já é padrão da editora, nos trás ao conhecimento o mundo Islâmico dos séculos XI ao XIII.


   
   
   O livro é uma janela aberta para podermos observar o fenômeno das cruzadas do ponto de vista do islã.





 “As invasões dos Seljúcidas na Síria começaram em 1063. Em 1077, foi feita uma tentativa de invadir o Egito e, em 1079, os turcos tinham tropas em Damasco e Jerusalém e madrasas propagando o credo sunita em Alepo, Damasco e Mossul. Durante essa incursão a oeste, quase de modo inadvertido, os turcos encontraram os bizantinos em batalha. O Sultão Alp Arslan tentou o seu melhor para negociar com o imperador bizantino, Romano Diógines e, assim, evitar o confronto. O Sultão pediu desculpas pelos excessos de seus irregulares turcomenos, mas o imperador não quis saber. Ele havia levado um exército impressionante para Anatólia e estava sob forte pressão política no império para obter uma vitória decisiva sobre os turcos. (...) Os exércitos se encontraram em um vale e, enquanto os bizantinos avançavam, os turcos simplesmente bateram em retirada. Os arqueiros turcos cavalgaram para cima e para baixo dos flancos bizantinos, despejando flechas e então fugindo, mas não havia nenhuma força em si para Romano combater.(...) O pânico que essa derrota induziu nos bizantinos começou a cadeia de eventos que levou Urbano II ao púlpito de Clermont em 1095.”

  

   


   Se você gostou do filme CRUZADA, vai encontrar neste livro a história dos eventos desenrolados no filme, a partir da página 163. Vamos conhecer Guy de Lusignam, Reinaldo de Châtillon a rainha Sibila e outros que são retratados no filme. Balião de Ibelin fora quem conduziu as defesas de Jerusalém.

   Mas, de fato, como retratado no filme, Jerusalém não era uma cidade importante para o muçulmano na idade média. Mas certo seria Saladino conquistar Tiro. Não o fazendo a deixou como base para os latinos, o que favoreceu a terceira cruzada, que vieram em resposta a queda de Jerusalém.





  CONCLUSÃO

      A vitória do Islã na Guerra Santa acabou trazendo fortes impactos. A costa da Síria fora destruída. Esta destruição foi uma mostra aos Europeus de que aquela era uma fronteira que não mais poderia ser ultrapassada. Não a toa vamos observar o gradual abandono da guerra naval pelos Muçulmanos, com algumas exceções a atividade de pirataria.


  Com o fechamento do mediterrâneo, o Europeu não teve outra alternativa a não ser se lançar ao Oceano. Outra consequência foi a militarização  da sociedade muçulmana  que os cruzados impuseram.

   E desde então o que assistimos é uma repetição do ‘olho por olho, dente por dente’. Os Francos tomaram Acre em 1191, dia 17 de Jumada, na terceira hora. Haviam prometido libertar os muçulmanos da cidade, mas depois mataram todos. Assim, quando os Muçulmanos tomaram Acre, também na terceira hora de 17 de Jumada, o sultão prometerá libertar os Francos, mas depois massacrou a todos.


   Um livro para estudantes de história e para aqueles que gostam de estudar o período das Cruzadas. Não é uma leitura das mais fáceis, mas vale a pena.

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