“ Deus cobrará dos fieis o sacrifício de seus bens e
pessoas, em troca do paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão
mortos. É uma promessa infalível, que esta registrada no Torá, no Evangelho e
no Corão. E quem é mais fiel à sua promessa do que Deus?”
Corão: Sura 9, v 111
TITULO: Espadas
Sacras – Jihad na Terra Santa – 1097 - 1291
AUTOR: James Waterson
EDITORA: Madras
PAG.: 236
Sobre
os autores:
Sobre
a obra:
A
presente obra, trazida até nós pela editora Madras, apresentada com a qualidade
que já é padrão da editora, nos trás ao conhecimento o mundo Islâmico dos séculos
XI ao XIII.
O livro é uma janela aberta para podermos
observar o fenômeno das cruzadas do ponto de vista do islã.
“As invasões dos Seljúcidas na Síria começaram em
1063. Em 1077, foi feita uma tentativa de invadir o Egito e, em 1079, os turcos
tinham tropas em Damasco e Jerusalém e madrasas propagando o credo sunita em
Alepo, Damasco e Mossul. Durante essa incursão a oeste, quase de modo inadvertido,
os turcos encontraram os bizantinos em batalha. O Sultão Alp Arslan tentou o
seu melhor para negociar com o imperador bizantino, Romano Diógines e, assim,
evitar o confronto. O Sultão pediu desculpas pelos excessos de seus irregulares
turcomenos, mas o imperador não quis saber. Ele havia levado um exército
impressionante para Anatólia e estava sob forte pressão política no império
para obter uma vitória decisiva sobre os turcos. (...) Os exércitos se
encontraram em um vale e, enquanto os bizantinos avançavam, os turcos
simplesmente bateram em retirada. Os arqueiros turcos cavalgaram para cima e
para baixo dos flancos bizantinos, despejando flechas e então fugindo, mas não
havia nenhuma força em si para Romano combater.(...) O pânico que essa derrota
induziu nos bizantinos começou a cadeia de eventos que levou Urbano II ao
púlpito de Clermont em 1095.”
Mas, de fato, como retratado no filme,
Jerusalém não era uma cidade importante para o muçulmano na idade média. Mas
certo seria Saladino conquistar Tiro. Não o fazendo a deixou como base para os
latinos, o que favoreceu a terceira cruzada, que vieram em resposta a queda de
Jerusalém.
CONCLUSÃO
A vitória do Islã na Guerra Santa acabou
trazendo fortes impactos. A costa da Síria fora destruída. Esta destruição foi
uma mostra aos Europeus de que aquela era uma fronteira que não mais poderia
ser ultrapassada. Não a toa vamos observar o gradual abandono da guerra naval
pelos Muçulmanos, com algumas exceções a atividade de pirataria.
Com o fechamento do mediterrâneo, o Europeu
não teve outra alternativa a não ser se lançar ao Oceano. Outra consequência
foi a militarização da sociedade
muçulmana que os cruzados impuseram.
E desde então o que assistimos é uma
repetição do ‘olho por olho, dente por dente’. Os Francos tomaram Acre em 1191,
dia 17 de Jumada, na terceira hora. Haviam prometido libertar os muçulmanos da
cidade, mas depois mataram todos. Assim, quando os Muçulmanos tomaram Acre,
também na terceira hora de 17 de Jumada, o sultão prometerá libertar os
Francos, mas depois massacrou a todos.
Um livro para estudantes de história e para aqueles que gostam de estudar o período das Cruzadas. Não é uma leitura das mais fáceis, mas vale a pena.
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