sábado, 24 de maio de 2014

Mulheres que mudaram o mundo.


“ Este é um livro dedicado às precursoras. Às mulheres que, em todas as épocas da civilização, mostraram-se como exemplos, como luzes inspiradoras de novas conquistas. Num
 Num mundo dominado por costumes conservadores, elas abriram caminho munidas de talento, intuição e carisma, vencendo pela capacidade e não pela força; pela sensibilidade e não pela imposição.
 De dentro de seus lares ou nos postos de trabalho, direta ou indiretamente, elas continuam participando das mudanças do planeta.
 Mães, tias, avós, professores, chefes, amigas, namoradas, companheiras.
 Quem não tem em sua vida um momento inesquecível marcado por uma mulher?
 Este livro é dedicado a todas elas.”


TITULO: Mulheres que mudaram o mundo
AUTOR: Gabriel Chalita
EDITORA: Companhia editora nacional
PAG.: 294

  Quem comprou este livro foi minha esposa. Na época ela estava fazendo a sua tese de pós-graduação. Ele ficou esquecido na prateleira algum tempo. Na semana passada resolvi dar uma arrumada nas prateleiras e ele me chamou a atenção. Não tinha sequer aberto ele na época que minha esposa comprou. Pensei em deixar ele lá, mas resolvi abrir no primeiro capítulo. Penélope. Claro, a esposa de Ulisses. Quem já leu Ilíada e Odisseia reconhece de imediato este nome. Acabei pegando para ler. O segundo capítulo, Joana d'Arc... Ai o livro fluiu com uma docilidade incrível. Confesso que não conhecia todas as mulheres descritas, mas foi a oportunidade de conhece-las. Mas o capítulo que mais me tocou foi o dedicado a Madre Tereza de Calcutá. Este me tocou profundamente. 

  O autor, Gabriel Chalita, é Doutor em Direito e professor de Direito na PUC – SP.
  O trabalho gráfico é bom. Capas em papel cartão com orelhas médias e folhas de boa gramatura. A arte da capa é simples e bela, com a parte inferior dourada com brilho. O padrão repete-se no verso do livro.

  Nesta obra, Gabriel conta a história de 10 mulheres em 9 capítulos;

1-    Penélope, um símbolo de felicidade
2-    Joana d’Arc, guerreira e santa
3-    Marie Curie, vítima da ciência
4-    Isadora Duncan, sem limites
5-    Helen Keller e Anne Sullivan, duas mulheres e um destino
6-    Gabriela Mistral, a mestra
7-    Madre Teresa de Calcutá, um apostolado gigante
8-    Golda Meir, liderança e sensibilidade
9-    Simone de Beauvoir, direitos iguais

Talvez você possa estranhar a falta de nomes como Anne Frank, Amelia Earhart, Frida Kahlo, Cleopata,... Mas a proposta de Gabriel é falar de mulheres que fizeram o que fizeram em nome do AMOR. Mulheres que colocaram sua força interior a serviço daquilo que acreditaram. Elas simplesmente seguiram seu coração.

 Gabriel resume assim: “ (...) Penélope e sua tessitura sem fim. Penélope e sua fidelidade a si mesma. Ela aguardou Ulisses. Fez isso por amor a ele e por  amor a si mesma. Ela foi o símbolo da fidelidade a um homem, a uma causa, a um sonho. O Símbolo da persistência.


 Joana D’Arc, na singeleza de uma pequena cidade da França, sentia, via, ouvia o apelo para que deixasse os afazeres cotidianos e se lançasse em uma empreitada de valentia. Lutou como poucos. Com um discurso poderoso empreendeu vitórias impressionantes. Foram apenas 18 anos de vida. E que vida! 


Marie Curie, a única mulher a receber duas vezes o premio Nobel. Dedicou sua vida à Ciência. Venceu a pobreza, venceu enormes obstáculos e venceu a si mesma. Suas descobertas mudaram a ainda mudam a vida das mulheres e homens. Isadora Duncan e sua dança. Leveza e suavidade em contraste com a dureza da sua vida. Humilhação, críticas, gracejos vis que buscaram depreciar o talento que nascera das danças da pequena menina junto ao mar. E, sem limites, cumpriu, cumpriu o seu destino. E com que final! Helen Keller e Anne Sullivan. Não havia apenas uma pedra no caminho dessas mulheres. Havia uma multidão de obstáculos que pareciam impossíveis de serem transpostos. Mas havia coragem. Determinação. Cumplicidade e muito, muito amor. E o destino então sorriu. Gabriela Mistral. Mestra. Escritora. Generosidade.  Das tarefas cotidianas de ensinar ao Nobel da literatura, tudo feito com o mesmo afinco. Golda Meir. Valente mulher que não se deixou dominar pelo medo em um mundo de governo cuja hegemonia é masculina. Simone de Beauvoir e sua decisão de existir. Amou profundamente Sartre mas não deixou de amar a si mesma. Apontou caminho novo para as mulheres cuja existência precisaria ser valorizada.

 Mulheres fascinantes como tantas outras. Viveram intensa e nobremente e entraram para a história porque não tiveram medo de ser diferentes.
 Mulheres que mudaram o mundo.
(...)”


  “ Para nós, não tem a menor importância a fé que professam ou deixam de professar as pessoas por nós assistidas. Nosso critério de ajuda não é de crença mas de necessidade. Todos são corpos de Cristo, todos são Cristos sob aparência de seres humanos necessitados de ajuda, com direito a  recebe-la. Não poderíamos buscar dignidade mais sublime nas pessoas que são objeto de nossa assistência. O nosso objetivo não é procurar que se convertam ao cristianismo, mas encontrem Deus em qualquer religião. É Fé em Deus que nos salva. O grupo religioso que serve de ponto de partida para chegar a Ele é de importância secundária.”
  Madre Tereza


Um livro para ler e se emocionar, com certeza.

Mas do que histórias de vida, é a nossa história. Este livro deveria ser obrigatório na formação de todo o cidadão. 

Boa leitura.

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