Escrito
originalmente em 1972, este verdadeiro clássico de Isaac Asimov não é inédito
em língua portuguesa. O livro foi publicado no Brasil como ‘O despertar dos
Deuses’ e ‘O planeta dos Deuses’ em Portugal.
A Editora Aleph tentou manter-se o mais fiel
possível ao título original ‘The Gods themselves’.
A expressão é parte de uma citação da peça ‘A
donzela de Orleans’ de Friedrich Schiller –“Contra a estupidez os próprios
Deuses lutam em vão”.
TITULO:
Os próprios Deuses. ( O despertar dos Deuses )
AUTOR:
Isaac Asimov
EDITORA:
Aleph
PAG.:
367
Mais
um livro de Asimov reeditado pela Aleph. Bela editoração, só fica meu desagrado
pela opção da editora em editar com 21cm de altura, ao invés dos 22cm da série
Fundação.
Particularmente gostei muito do livro. Se não
me engano, da extensa obra de Asimov este é um dos únicos livros que não esta,
de alguma forma, ligado a série ‘Fundação’.
Nesta aventura, temos Frederick Hallam, um herói
de seu tempo. Sua descoberta? Um sistema que permitiu que a terra tivesse
energia ilimitada e de graça.
Mas quando o cientista Peter Lamont resolve
escrever sobre esta grande descoberta, descobre que muitos fatos da criação
deste dispositivo foram camuflados ou deliberadamente ‘perdidos’. O motivo?
Talvez este sistema revolucionário pudesse estar matando o sol.
Uma das chaves do mistério advém do fato de
que o dispositivo, chamado de Bomba de elétrons, não pode funcionar só com o
nosso universo. Ela depende de um outro universo, onde vivem os para-homens.
Os para-homens possuem uma estrutura social e
evolucional bem diferente da nossa. Durante a leitura do livro, Asimov nos faz
viajar do nosso universo ao outro, fazendo-nos compreender os reais motivos que
levaram a construção da bomba de elétrons.
O livro é dividido em apenas três partes.
Não estranhem pelo fato do livro começar pelo sexto capítulo da primeira parte.
1. Contra a estupidez...
A primeira parte narra
a descoberta do Plutônio-186 e a criação da Bomba Eletrônica, sendo o Dr.
Frederick Hallam aclamado como o pai do projeto. Mas o que parecia ser uma
solução perfeita para os problemas de energia da Terra, poderia significar uma
grande desgraça. Investigando os fatos e indivíduos envolvidos em torno da
criação da Bomba Eletrônica, o jovem Dr. Peter Lamont chega a conclusão de que
esta poderia significar a aniquilação do Universo. Ele passa a investigar a
tradução das placas enviadas pelos seres do Para-Universo com a ajuda de um
perito linguístico, Dr. Myron Bronowski. A situação complica-se quando começam
a surgir placas com mensagens de que a Bomba seria perigosa, ao mesmo tempo que
os esforços de Lamont em provar sua teoria da possível destruição não se vêem
reconhecidos.
2. ...Os próprios
deuses...
A parte mais fantástica
do livro, narra sobre o Para-Universo, um mundo habitado por seres fantásticos,
de natureza completamente diferente da vida encontrada na terra.
Os Para-Seres estariam
divididos em 2 grupos em seu mundo, os "Suaves" e os
"Duros".
Os Suaves são seres
mais simples, de composição maleável, capazes de modificar suas formas (alguns
até em formas gasosas). Os Suaves deviam se reunir em trindades (Tríades),
sendo que cada ser da tríade possuía um tipo de personalidade que representava
um dos 3 papéis existentes em seu mundo:
Emocionais: A porção feminina da Tríade, os mais sutis e sensíveis, reunindo em si os
sentimentos, emoções e preocupações.
Parentais: Representavam
o lado instintivo da Tríade, responsáveis pela gestação, criação e educação dos
filhos, a medida que nascem.
Racionais: A parte
intelectual do trio, com a capacidade de aprendizado, intelecto e raciocínio
muito aguçados.
Os Duros representam a
elite da sociedade dos Para-Seres, possuindo seus corpos mais sólidos e
consistentes, sendo inteligentíssimos e responsáveis pela evolução do mundo.
Para os Suaves, os Duros eram dignos de todo respeito, e a origem deles dentro
de sua espécie nunca foi uma coisa muito clara (este fato é explicado mais
adiante nesta parte do livro).
Na História temos Dua,
a Emocional, que fazia parte de uma Tríade com Odeen, um Racional e Tritt, um
Parental. Dua era considerada uma Esquerda-Em, por ser uma Emocional com grande
capacidade intelectual e por compreender os assuntos dos Racionais. No decorrer
da história, Dua começa a tomar ciência sobre as verdadeiras intenções e
implicações da Bomba Eletrônica, e se vê na tentativa de impedir o seu uso.
3. ...Disputam em vão?
O desfecho do livro é
protagonizado pelo Dr. Benjamin Allan Denison (ex-colega de Frederick Hallam, e
que foi ridicularizado por este, na época primeira da descoberta da amostra de
Plutônio-186). Denison viaja até a Lua, procurando na colônia selenita um
recomeço para sua carreira que fora destruída na Terra por Hallam. Lá conhece
Selene, uma selenita que serve de guia a ele no diferente ambiente lunar. Logo,
Denison vê-se novamente envolvido com os problemas da Bomba Eletrônica e se
torna a peça chave para explicar as teorias que comprovam seu perigo e por
elaborar uma possível solução para todo o problema.
'Fonte - Wikipedia'