domingo, 24 de agosto de 2014

Os próprios Deuses.




 Escrito originalmente em 1972, este verdadeiro clássico de Isaac Asimov não é inédito em língua portuguesa. O livro foi publicado no Brasil como ‘O despertar dos Deuses’ e ‘O planeta dos Deuses’ em Portugal.

 A Editora Aleph tentou manter-se o mais fiel possível ao título original ‘The Gods themselves’.

 A expressão é parte de uma citação da peça ‘A donzela de Orleans’ de Friedrich Schiller –“Contra a estupidez os próprios Deuses lutam em vão”.



TITULO: Os próprios Deuses. ( O despertar dos Deuses )
AUTOR: Isaac Asimov
EDITORA: Aleph
PAG.: 367


    Mais um livro de Asimov reeditado pela Aleph. Bela editoração, só fica meu desagrado pela opção da editora em editar com 21cm de altura, ao invés dos 22cm da série Fundação.

  Particularmente gostei muito do livro. Se não me engano, da extensa obra de Asimov este é um dos únicos livros que não esta, de alguma forma, ligado a série ‘Fundação’.
 Nesta aventura, temos Frederick Hallam, um herói de seu tempo. Sua descoberta? Um sistema que permitiu que a terra tivesse energia ilimitada e de graça.

 Mas quando o cientista Peter Lamont resolve escrever sobre esta grande descoberta, descobre que muitos fatos da criação deste dispositivo foram camuflados ou deliberadamente ‘perdidos’. O motivo? Talvez este sistema revolucionário pudesse estar matando o sol.

  Uma das chaves do mistério advém do fato de que o dispositivo, chamado de Bomba de elétrons, não pode funcionar só com o nosso universo. Ela depende de um outro universo, onde vivem os para-homens.


  Os para-homens possuem uma estrutura social e evolucional bem diferente da nossa. Durante a leitura do livro, Asimov nos faz viajar do nosso universo ao outro, fazendo-nos compreender os reais motivos que levaram a construção da bomba de elétrons.

  O livro é dividido em apenas três partes. Não estranhem pelo fato do livro começar pelo sexto capítulo da primeira parte.

 1. Contra a estupidez...

  A primeira parte narra a descoberta do Plutônio-186 e a criação da Bomba Eletrônica, sendo o Dr. Frederick Hallam aclamado como o pai do projeto. Mas o que parecia ser uma solução perfeita para os problemas de energia da Terra, poderia significar uma grande desgraça. Investigando os fatos e indivíduos envolvidos em torno da criação da Bomba Eletrônica, o jovem Dr. Peter Lamont chega a conclusão de que esta poderia significar a aniquilação do Universo. Ele passa a investigar a tradução das placas enviadas pelos seres do Para-Universo com a ajuda de um perito linguístico, Dr. Myron Bronowski. A situação complica-se quando começam a surgir placas com mensagens de que a Bomba seria perigosa, ao mesmo tempo que os esforços de Lamont em provar sua teoria da possível destruição não se vêem reconhecidos.

2. ...Os próprios deuses...

A parte mais fantástica do livro, narra sobre o Para-Universo, um mundo habitado por seres fantásticos, de natureza completamente diferente da vida encontrada na terra.

Os Para-Seres estariam divididos em 2 grupos em seu mundo, os "Suaves" e os "Duros".

Os Suaves são seres mais simples, de composição maleável, capazes de modificar suas formas (alguns até em formas gasosas). Os Suaves deviam se reunir em trindades (Tríades), sendo que cada ser da tríade possuía um tipo de personalidade que representava um dos 3 papéis existentes em seu mundo:

Emocionais: A porção feminina da Tríade, os mais sutis e sensíveis, reunindo em si os sentimentos, emoções e preocupações.

Parentais: Representavam o lado instintivo da Tríade, responsáveis pela gestação, criação e educação dos filhos, a medida que nascem.

Racionais: A parte intelectual do trio, com a capacidade de aprendizado, intelecto e raciocínio muito aguçados.

 Os Duros representam a elite da sociedade dos Para-Seres, possuindo seus corpos mais sólidos e consistentes, sendo inteligentíssimos e responsáveis pela evolução do mundo. Para os Suaves, os Duros eram dignos de todo respeito, e a origem deles dentro de sua espécie nunca foi uma coisa muito clara (este fato é explicado mais adiante nesta parte do livro).

Na História temos Dua, a Emocional, que fazia parte de uma Tríade com Odeen, um Racional e Tritt, um Parental. Dua era considerada uma Esquerda-Em, por ser uma Emocional com grande capacidade intelectual e por compreender os assuntos dos Racionais. No decorrer da história, Dua começa a tomar ciência sobre as verdadeiras intenções e implicações da Bomba Eletrônica, e se vê na tentativa de impedir o seu uso.

3. ...Disputam em vão?

O desfecho do livro é protagonizado pelo Dr. Benjamin Allan Denison (ex-colega de Frederick Hallam, e que foi ridicularizado por este, na época primeira da descoberta da amostra de Plutônio-186). Denison viaja até a Lua, procurando na colônia selenita um recomeço para sua carreira que fora destruída na Terra por Hallam. Lá conhece Selene, uma selenita que serve de guia a ele no diferente ambiente lunar. Logo, Denison vê-se novamente envolvido com os problemas da Bomba Eletrônica e se torna a peça chave para explicar as teorias que comprovam seu perigo e por elaborar uma possível solução para todo o problema.
 'Fonte - Wikipedia'

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