domingo, 4 de setembro de 2016

História da África anterior aos descobrimentos




África...
    Um continente que abriga cerca de 54 Países reconhecidos, mais uns 4 países não reconhecidos ainda. O 3° maior continente do mundo. E o que sabemos sobre sua história é quase nada.
    Principalmente da região abaixo do Saara muito pouco se conhece. Uma das maiores dificuldades reside no fato de que estas regiões quase não deixaram registros escritos que sejam anteriores a chegada dos Europeus ao continente.
   África, o berço da humanidade. Os livros de história restringiram seus estudos ao Egito. Muitos até hoje acreditam que África seja um único País. Se você viu o ultimo filme Tarzan, “A lenda de Tarzan”, vai perceber isto. Precisamos estudar e conhecer a história da África.



  
Dados da Obra


  TITULO:  História da África Anterior aos descobrimentos

   AUTOR: Mário Curtis Giordani

   EDITORA: Vozes

   PAG.: 269

  





Sobre o autor:
  Mário Curtis, Gaucho, nascido em 1921, cursou Filosofia e teologia no seminário central de São Leopoldo. Mas foi pela PUC do Rio Grande que Mário veio a Bacharelar-se em Letras Clássicas e no ano seguinte, já pela PUC do Rio, veio a conseguir a licenciatura na mesma cadeira.

  Em 1955, um novo Bacharelado, pela Faculdade de Niterói, em Direito.
  Já foi mestre da UFF, em Filosofia. Hoje é titular em direito Romano na Universidade Candido Mendes, RJ.

  Sobre a obra:
   
  Na presente obra desvendamos o véu que recobre a história deste magnífico continente. O autor nos leva a uma viagem por este vasto continente, nos mostrando um pouco de sua riquíssima história, seu povo, sua cultura.

   O autor decidiu dividir o livro nos seguintes temas;

 Geografia;
 Povos;
 História dos povos;
 Política e sociedade;
 Economia;
 Religião;


   Esta divisão facilita um pouco o entendimento da história do continente, porém, a nível didático esta divisão ficou confusa. Porquê quando se estuda, por exemplo, o reino do Congo, é preciso ficar pulando e indo de capítulo em capítulo para montar o quadro geral.

  O primeiro capítulo é dedicado á fonte. Desde escritos Egípcios até os escritos deixados pelos Europeus a partir do século XV.

   “ O isolamento geográfico do continente africano, protegido por dois oceanos, um imenso deserto e um litoral inóspito, dificultou a penetração de outros povos. Diarra sublinha esse isolamento e suas consequências: ‘Devido a natureza maciça e seu relevo pesado, A África ficou isolada até uma época recente. Com exceção da África do norte, voltada para o mundo mediterrâneo, o continente permaneceu por séculos fora das rotas do comércio. É certo que esse isolamento nunca foi completo; mas exerceu grande influencia sobre muitas sociedades que se desenvolveram no isolamento geográfico’. O mesmo autor lembra que o oceano Índico ‘sempre favoreceu o contato entre a África Oriental e o sul da África’. Essas relações limitaram-se, entretanto, ao litoral, ‘pois aos povos navegadores da Ásia interessava mais fazer comércio do que colonizar o interior’. Quando à parte do continente banhada pelo Atlântico, é a partir do século XV que começa a sofrer as consequências das grandes expedições marítimas europeias.”
  
   O livro discorre sobre o estudo dos grandes reinos Africanos, como o Congo, a Núbia, Kush, Bantu, Monomotapa, Ghana, Mali, Songhai, Haússas, Tekrur, Mossis, Iorubas, Benim, ...


  “ Ibn Battuta que esteve na capital do Mali quando reinava o Mansa Suleyman, assim relata uma audiência pública:’Em certos dias o imperador concede audiência pública no pátio do palácio onde existe uma plataforma com três pés à sombra de uma árvore. Chamam a esta plataforma pempi. É atapetada de seda e tem coxins  e por cima dela erguem um grande guarda sol de seda que forma uma espécie de tenda. Esta é encimada pelo modelo de uma ave em ouro do tamanho aproximado de um falcão. O imperador sai por uma porta numa esquina do palácio transportando um arco na mão e uma aljava (de setas) nas costas. Ele traz um elmo dourado que é preso por uma faixa de ouro com pontas estreitas em forma de facas. Habitualmente veste uma túnica vermelha de tecido aveludado feito na Europa.”
  

   O Norte da África é a região mais antiga do mundo. A civilização egípcia floresceu e inter-relacionou-se com as demais áreas culturais do mundo mediterrâneo, motivos pelas quais essa região foi estreitamente vinculada, há milhares de séculos, depois que a civilização ocidental foi geralmente desenvolvida. As colônias pertencentes à Fenícia, Cartago, a romanização, os vândalos aí fixados e o Império Bizantino influente são os fatores pelos quais foi deixada no litoral mediterrâneo da África uma essência da cultura que posteriormente os árabes assimilaram e modificaram. Na civilização árabe foi encontrado um campo de importância em que foi expandida e consolidada a cultura muçulmana no Norte da África. O Islã foi estendido pelo Sudão, pelo Saara e pelo litoral leste. Nessa região, o Islã é a religião pela qual foram sendo seguidas as rotas de comércio do interior da África (escravos, ouro, penas de avestruz) e estabelecidos encraves marítimos (especiarias, seda) no oceano Índico.

  

  Simultaneamente, na África negra foram conhecidos vários impérios e estados que aí floresceram. Estes impérios e estados nasceram de grandes clãs e tribos submetidos a um só soberano poderoso com características próprias do feudalismo e da guerra. 

   Entre esses impérios de maior importância figuram o de Aksum, na Etiópia, que teve sua chegada ao apogeu no século XIII; o de Gana, que desenvolveu-se do século V ao século XI e os estados muçulmanos que o sucederam foram o de Mali (do século XIII ao século XV) e o de Songhai (do século XV ao século XVI); o reino Abomey do Benim (século XVII); e a confederação zulu do sudeste africano (século XIX).


  Uma ótima leitura.

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