segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Crepúsculo dos Deuses





“Conceber e compreender a vida, o existir, é algo que está além da razão, do raciocínio. A existência do universo, dos seres criados e da própria criação está muito além da capacidade de compreensão humana, do raciocínio dos seres criados. Tudo isto foge, transcende a imaginação humana.”




TITULO: Crepúsculo dos Deuses
AUTOR: Robson Pinheiro
EDITORA: Casa dos espíritos
PAG: 402

 De onde viemos? Para onde vamos? 

 São questões que incomodam a todos nós, buscadores. Durante todos estes anos de leituras, buscas e aprendizados, posso afirmar que este livro supera todas as expectativas.
 Com um trabalho gráfico já padrão da Casa dos Espíritos e uma bela capa, tenho certeza que este livro vai lhe surpreender. 

 O livro tem duas histórias em paralelo. Na primeira história, Ângelo Inácio nos revela por intermédio de Robson, toda a saga do povo de Capela. São mensagens e fatos surpreendentes. Fala-se também um pouco sobre transcomunicação e até sobre o caso Roswell.



 Na segunda história, percorremos o mundo dos monopólios farmacêuticos, na pele de um médico especialista, que não entende muito bem sua situação até ser confrontado com a verdade.
 As duas histórias se cruzam ao longo do livro, revezando sua atenção a cada capítulo.  
 Um misto de romance, com livro espírita, que nos revela toda a saga dos Dragões até o nosso planeta.
 Nossa humanidade esta prestes a passar por um processo no qual os Capelinos já passaram. Eles estão aqui para nos ajudar a entender este processo. 


 “ É difícil aceitar – (...) – que o homem terrestre, uma criatura com imenso potencial, não tenha parado para pensar na razão de sua existência no universo e que prossiga a caminhada, em sua maioria, atrelado às velhas concepções do primitivismo.”

 Otima leitura!

sábado, 20 de outubro de 2012

Nascidos do Sangue...





 Para Nietzsche, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Podemos observar bem este ponto de vista em seu texto "como filosofar com o martelo"
 A verdade é uma interpretação mental da realidade transmitida pelos sentidos, confirmada por outros seres humanos com cérebros normais e despidos de preconceitos, dogmas e paradigmas. Por este motivo que a verdade é tão “diferente” para algumas pessoas.
 Por isto a busca pela verdade deve ser contínua. Na busca pela verdade não devemos ser dogmáticos. 


TITULO: Nascidos do Sangue – Os segredos perdidos da Maçonaria
AUTOR: John J. Robinson
EDITORA: Madras
PAG: 346

 A editora Madras sempre nos brinda com grandes obras de pesquisa da nossa história. Esta obra, editada originalmente em 1989 só foi trazida a nós em 2005.
 Um livro feito à partir de muita pesquisa. 
 Mesmo que você não se interesse pela história da Maçonaria, mas se interessa pela história, principalmente pelo período medieval, é uma obra que vai lhe trazer grandes informações.
 Robinson inicialmente estava pesquisando sobre a revolta camponesa de 1381. ( Para saber sobre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_camponesa_de_1381 )
 Ao longo de sua pesquisa, Robinson se deparou com relatos de uma ordem secreta que ao que tudo indicaria, seria o “cabeça”  da revolta. Para entender, voltamos no tempo, até 1118, logo após a primeira cruzada e com a fundação da ordem dos cavaleiros templários.
 A partir daí Robinson nos transporta pela história, recriando cenários, batalhas, reis oportunistas e papas maquinadores, torturas e perseguições religiosas ocorridas na idade média.  


 Você já deve ter estudado a Reforma Protestante, ( Para saber sobre: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_protestante ). Pois este livro lhe trará uma nova perspectiva sobre o assunto e talvez tudo que você aprendeu pode estar errado.
 “ A maioria dos Maçons de hoje acredita que sua fraternidade nasceu das guildas medievais de pedreiros. Retraçada a tais inícios, a atitude maçônica para com a religião é extremamente difícil de compreender. As guildas eram muito religiosas, (...)”
 Para os Maçons, que querem aprender um pouco mais sobre a história da sua ordem, este é um livro obrigatório. Vale lembrar que ao longo da história membros de outras ordens, como os Rosa Cruz e os Iluminati se "infiltraram" na ordem maçonica, provocando "contaminações" que ao longo de séculos se tornaram inseparáveis.
O livro é uma verdadeira aula de história. Mas como qualquer livro de pesquisa histórica, não é uma leitura fácil. Mas vale a pena.

 Boa leitura.

 Para saber mais:
http://www.youtube.com/watch?v=od6akByxN9I
http://www.youtube.com/watch?v=nWHnbRbNwtg

sábado, 13 de outubro de 2012

"Mas progredimos,(...), se queremos chegar às estrelas."



                                                                         MARTE
  

  Adoro livros. Adoro poder sentir os livros, o cheiro do papel, sua textura... Mas devo admitir que desde que ganhei o Tablet fiquei “viciado” em baixar livros para me distrair. Alguns são dignos apenas de serem deletados, mas outros são uma grata surpresa que merecem ser recomendados.
 Aos novos leitores, não se deixem influenciar pela mídia ou pelo modismo. Leiam aquilo que lhes “toquem”, não aquilo que tentam lhe empurrar goela abaixo.
 As grandes obras literárias dos finais dos anos 50, 60 e 70 influenciaram toda nossa cultura e uma grande parte do que lemos hoje.

  
 TITULO: Estrela oculta
 AUTOR: Robert A. Heinlein
 EDITORA: LIVRARIA FRANCISCO ALVES EDITORA S.A.
 PAG: 113

 Robert A. Heinlein é um dos poucos autores de ficção científica que são lidos indistintamente pelos aficionados do gênero e pelo grande público. Em seu romance Estranho numa Terra Estranha tornou-se o evangelho dos Hippies que, na década de 60, criaram o movimento "Flower Power" (o Poder da Flor)
 Heinlein se tornou um dos ídolos da juventude hippie que chegou a fazer dele o seu guru.
 Nesta obra um ator meio canastrão e desempregado aceita substituir temporariamente um político que foi seqüestrado por seus inimigos. Não é um político qualquer, e sim o homem "mais amado e mais odiado em todo o Sistema Solar". E o seqüestro tem como finalidade impedir que ele seja adotado oficialmente pelos marcianos, o que poderá levar a uma guerra interplanetária. Se os marcianos descobrirem a trapaça, a paz estará ameaçada da mesma forma. O que, de início, parece a Lorenzo Smythe um simples trabalho de caracterização (no qual ele fará valer seu gênio teatral, no qual só ele próprio acredita), transforma-se de repente na mais perigosa jogada política. Lorenzo descobre, aterrorizado, que não pode mais recuar, porque o homem que ele imita não está em condições de reaparecer em público. Os dois são agora uma verdadeira "estrela dupla", que na verdade é o título original da obra, uma delas oculta.
 Escrito em 1956, Estrela Oculta, deu a Robert A. Heinlein o seu primeiro Troféu Hugo, tornou-se profético e cada vez mais atual com o passar dos anos. O terrorismo internacional começou a visar e matar figuras proeminentes do cenário político, o que, como diz a certa altura Lorenzo, obriga a usar um bocado de atores...
 “(...)
 Pior que tudo, um homem não é uma complexidade única: é uma complexidade diferente para cada pessoa que o conhece - o que significa que, para ter sucesso, a encarnação de um papel deve mudar a cada "audiência" - para cada conhecido do homem que está sendo representado. Isto não é apenas difícil: estatisticamente é impossível. Essas pequeninas coisas podem derrubar a pessoa.
  Que experiências compartilhadas o personificado teve com um conhecido chamado John Jones? Com uma centena, com mil John Joneses? De que modo podia o personificador saber de tudo isso? Representar per si, como toda arte, é um processo de abstrair, de conservar apenas o detalhe significativo. Mas num trabalho de personificação, qualquer detalhe pode ser importante. Com o tempo, uma coisa tão tola como não comer aipo pode botar tudo a perder.”

 Heinlein atribui aos Marcianos uma filosofia de vida que nos remete aos extremistas de nossos dias:

“(...)
 - É mesmo? Nós não somos marcianos. Eles constituem uma raça muito antiga e elaboraram um sistema de deveres e compromissos que abrange todas as situações possíveis e são os maiores formalistas que se pode imaginar. Comparados com eles, os antigos japoneses, com seus giri e gimu, eram simples anarquistas. Os marcianos não têm o "certo" e o "errado" - em vez disso têm o que é apropriado e não, elevado ao quadrado, ao cubo, e carregado de suco de gravidade. “



 Interessante o confronto político existente entre o “Partido da humanidade” e o “Partido expansionista”
 Os primeiros acreditam que o homem tem soberania sobre todo o universo. Seu pressuposto vem das grandes navegações do século XVI, onde os conquistadores tinham o direito de explorar as terras por eles “descobertas” 

 “ (...) Os expansionistas acreditavam em uma convivência pacífica, onde poderiam aprender muito com as outras culturas.
 O expansionismo fora pouco mais do que um movimento do tipo "Destino Manifesto" ao ser fundado, uma coalizão popular de grupos que tinham uma única coisa em comum: a crença em que as fronteiras dos céus constituíam a questão mais importante no futuro imediato da raça humana. Bonforte dera ao partido fundamentos lógicos e uma ética, o tema de que a liberdade e os direitos iguais deveriam acompanhar a bandeira imperial. Continuava a bater na tecla de que a raça humana jamais deveria cometer os erros que a sub-raça branca perpetrara na África e na Ásia. Mas confundiu-me o fato - e eu não tinha preparo algum nesses assuntos - de que a história antiga do Partido Expansionista se parecesse tanto com a atual do Partido da Humanidade. Não sabia que os partidos políticos amiúde mudam tanto, enquanto crescem, como as pessoas. Soubera vagamente que o Partido da Humanidade começara como uma ala do Movimento Expansionista, mas jamais dedicara a isso um segundo pensamento. Na verdade, a cisão fora inevitável. Uma vez que os políticos que não tinham os olhos nos céus murcharam por força dos imperativos da História e deixaram de eleger candidatos, o único partido que estivera no caminho certo obrigatoriamente teria que dividir-se em duas facções. “



  Trata-se de uma obra com idéias políticas bem definidas, e a política é exatamente a base de seu enredo. Ele defende, até as últimas conseqüências, o primado da liberdade individual, no quadro da lei, da ordem e do patriotismo. 

 Boa leitura.

domingo, 7 de outubro de 2012

Sabedoria...





 “(...)
  O vencedor na vida é aquele que não abandona a jornada e prossegue confiante, superando os obstáculos. Numa corrida, o atleta encontra, naturalmente, desafios a vencer e muitas barreiras, que exigem mais disposição, firmeza e coragem. Nenhuma vitória é conquistada sem lutas.

  Se você tivesse que arriscar o autor deste pensamento motivacional, quem você arriscaria?

 Roberto Shinyashiki?
 Bernardinho?
 James Hunter?
 Nei Loja?

  Talvez este venha de uma fonte, considerada por você, a mais improvável.



 TITULO: Sabedoria de Preto Velho
 AUTOR: Robson Pinheiro
 EDITORA: Casa dos espíritos
 PAG: 197

 Este livro foi editado pela primeira vez em 2003. Eu comprei a edição mais nova, de 2012. Capas em papel cartão com belas orelhas. Folhas em ofsete. E um detalhe “elegante”. Tem uma segunda capa em material transparente. Me parece um acetato que traz impresso o título e atrás alguns detalhes de acabamento. No momento da leitura recomendo tirar esta segunda capa. 

 “ Negro como a noite sem luar, Pai João é estrela a iluminar os passos de seus filhos. Alma negra, que dá voz à sabedoria simples do cativeiro, o espírito João Cobu, em duas reencarnações, durante os séculos XVIII e XIX, experimenta o outro lado da chibata como escravo, após ter vivido como branco e senhor, no sul escravocrata dos EUA.
 No coração do Brasil, no seio da Baía de todos os santos, emerge a força que vem da mãe África, nasce um novo homem, um irmão: Pai João de Aruanda.”

  Um livro incrível, de uma sabedoria única. Dispa-se de preconceitos e aceite os simples conselhos de um preto velho:



“Sou preto. Negro como a noite sem estrelas.
Sou velho. Velho como as vidas de meus irmãos.
Mas se sou ainda negro, é porque trago em mim as marcas do tempo, as marcas do Cristo. Essas marcas são as estrelas de minha alma, de minha vida.
Sou negro. Mas a brancura do linho se estampa na simplicidade do meu olhar, que tenta ver apenas o lado bonito da vida.
Sou velho, sim. Mas é na experiência da vida que se adquire a verdadeira sabedoria, aquela que vem do Alto. Sou velho. Velho no falar; velho na mensagem, velho nas tentativas de acertar.
A minha força, eu a construí na vida, na dor, no sofrimento. Não no sofrimento como alguns entendem, mas naquele decorrente das lutas, das dificuldades do caminho, da força empreendida na subida.
A força da vida se estrutura nas vivências. É à medida que construímos nossa experiência que essa força se apodera de nós, nos envolve e nós então nos saturamos dela. É a força e a coragem de ser você mesmo, do não se acovardar diante das lutas, de continuar tentando.
Sou forte.
Mas quando me deixo encher de pretensões, então eu descubro que sou fraco. Quando aprendo a sair de mim mesmo e ir em direção ao próximo, aí eu sei que me fortaleço.
Sou andarilho.
Eu sou preto, sou velho, sou humano. Sou como você, sou espírito. Sou errante, aprendiz de mim mesmo.
Na estrada da vida, aprendi que até hoje, e possivelmente para sempre, serei apenas o aprendiz da vida.
Sou andarilho. Pelas estradas da vida eu corro, eu ando.
Tudo isso para aprender que, como você, eu sou um cidadão do universo, viajor do mundo. Sou um semeador da paz.
Sou preto, sou velho, sou espírito.
 Sou eu Pai João de Aruanda.“

 Boa leitura.

 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Momentos Críticos!





Livros escritos por jornalistas tem como sua principal característica  uma linguagem clara e o mais fiel possível aos fatos. Livros de historiadores costumam ser “enfadonhos”. O autor tende a querer “defender” sua tese para um leitor que esta apenas querendo aprender, ou pesquisar. Não somos bancas examinadoras avaliando uma dissertação de fim de curso.
 Eu já havia lido algumas obras do Joel Silveira, mas esta é sem sombra de dúvidas a obra definitiva de Joel Silveira sobre a Segunda Guerra Mundial.



TITULO: II Guerra Momentos Críticos
AUTOR: Joel Silveira
EDITORA: MAUAD
PAG: 260

 Joel Silveira possui mais de 30 livros publicados. Um dos grandes nomes do jornalismo nacional e foi, durante a segunda guerra mundial, nosso correspondente de guerra. Junto a F.E.B. acompanhou nossos pracinhas em suas principais batalhas. 

 Você pode não conhecer esta editora. Em um país no qual a grande maioria da população não lê um livro por ano é de se dar parabéns a editoras novas, que se propõe a levar cultura a população. Criada em 1994, a Mauad Editora apresenta em seu catálogo cerca de 500 títulos, em todas as áreas do conhecimento. Tendo iniciado sua trajetória dentro de uma perspectiva jornalística, o pensamento que conduz a sua linha editorial é o de valorização de seu tempo. E esta valorização, entre o tempo da História e o seu tempo do dia a dia, se dá a cada momento em que você escolhe um livro de qualidade – seja ele para estudos, para pesquisas, para reflexões ou para lazer e entretenimento.

 E esta obra de fato atende ao que se propõe. Além da linguagem jornalística, este livro possui material gráfico de boa qualidade. Editado em 1995, foi mais ou menos na época que comprei. 

 Este livro foi inspirado em uma série de reportagens sobre a segunda guerra, publicadas pela revista Manchete em comemoração aos 50 anos do fim da guerra.
 Joel Silveira fez um trabalho bem interessante. Principalmente se você estuda o período ou é estudante de história vai precisar ler este livro.

 Em uma ordem cronológica, Joel nos leva de Munique, 1938 à Nuremberg 1946.
 “ Foram inúmeros os episódios – críticos, decisivos e culminantes – que a 50 anos atrás marcaram a história de uma guerra que, praticamente, envolveu o mundo inteiro e que matou, entre soldados e civis, mais de 50 milhões de seres humanos. (...)
 Não seria exagero afirmar que, na segunda guerra, uma guerra de movimento, todos os instantes foram decisivos, embora nem todos tenham sido culminantes. O que este livro pretende é mostrar ao leitor, particularmente aos leitores mais jovens, que nasceram muitos anos depois do fim da guerra, alguns capítulos desse conflito em que “decisivo” e “culminante” quase sempre se confundem. (...)”
 Estas são, nas palavras de Joel Silveira, um resumo desta obra. 


 Já li muitos livros sobre o tema, e posso dizer que este livro esta entre os melhores sobre o assunto. Um livro completo sobre o tema, de leitura leve e cativante. Uma amalgama de pesquisa histórica com seu inconfundível estilo jornalístico. Vale a pena conferir.

 Boa leitura!

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