segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fundação e Terra






Imagine uma época, bem no futuro, em que a Terra fosse apenas lenda... Assim como Tróia o foi até ser desenterrada por Heinrich Schliemann. E este é o pano de fundo nesta continuação da saga Fundação.


TITULO: Fundação e Terra
  AUTOR: Isaac Asimov
  EDITORA: Aleph
  PAG: 460

 Este é o 5° livro da série. Na seqüência da saga, este é o último livro da série. Porém ainda existem outros dois, que na verdade contam a história antes da fundação.

  Golan Trevize, o historiador Janov Pelorat, e a sua companheira do planeta Gaia partem numa jornada para encontrar o planeta ancestral da humanidade, a Terra. O propósito da jornada é descobrir a razão por trás da escolha de Trevize sobre o futuro da Galáxia, Galaksia.


 Primeiro, eles viajam a Comporellon, um planeta que reclama ser a colônia mais antiga da galáxia. Comporellon é único cuja história se perde no tempo e assim faz jus ao reclame. Ao chegar, eles são aprisionados, mas negociam suas solturas, de uma forma bem especial... Eu não esperava ver, ou melhor, ler, estas cenas picantes, vindas de Asimov. Lá, eles encontram as coordenadas de três outros planetas. Trevize apreende que esses planetas devem estar próximos da origem e talvez contenham pistas.

  O primeiro planeta que eles visitam é Aurora, onde não parece ter havido presença humana há milênios, e onde Trevize quase é morto por uma matilha de cães selvagens  presumivelmente os descendentes dos cães domésticos há muito abandonados pelos donos. Ele escapa graças a manipulação mentalicamente de Júbilo, a Gaiana.
Em seguida, eles vão a Solaria, onde descobrem que os Solarianos manipularam os próprios genes e evoluíram em hermafroditas auto-reprodutores. Os solarianos continuam tão intolerantes à presença e ao contato humano como os seus antepassados. Eles também evoluíram a capacidade mentálica de canalizar ("transduzir") grandes quantias de energia, e lhes basta a transdução como única fonte energética. Os solarianos intencionalmente evitam fazer qualquer contato entre si, exceto via holografia à distância, e usam reprodução clonada e engenharia genética para substituir quem morrer e assim manter a população no mesmo patamar. Neste planeta o Trio se envolve em uma trama que quase os leva a morte. E na fuga encontram uma pobre criança que seria sacrificada. Eles então partem de Solaria, agora em quatro.

  Eles seguem então para Melpomenia, o planeta da terceira e última coordenada. O planeta é desabitado, e mais, tem uma atmosfera rarefeita e irrespirável. Usando trajes espaciais, Travize e Pelorat entram numa biblioteca, e lá encontram, gravadas numa parede, coordenadas para todos os planetas que foram colonizados pela primeira geração de colonizadores espaciais. Ao voltar para a nave, eles percebem que um estranho musgo de rápido crescimento havia-se prendido nas juntas dos seus trajes, aparentemente se alimentando de minúsculas porções vazadas de gás carbônico. Com as coordenadas de mais 47 planetas, Janov e Trevize extrapolam as coordenadas e pela dedução lógica que os primeiros colonizadores partiram em todas as direções tendo a mesma origem, eles traçam uma esfera com as coordenadas dos 47 planetas, no centro da qual deveria estar a origem, a Terra. Dois sistemas estão próximos do centro. Um é uma estrela binária, marcada no mapa como um sistema habitado, embora haja uma interrogação onde deveria estar marcado o seu status. O outro não é um sistema mapeado, e portanto bem mais provável de ser o Sol, especialmente ao se considerar que nenhuma das lendas dizia que a estrela da Terra era binária. Eles decidem, porém, por visitar primeiro o sistema binário, porque lá podem obter mais dados antes de confrontar a própria Terra.


Eles seguem para o sistema binário, que se revela ser Alpha Centauri. Eles encontram uma colônia formada por habitantes que abandonaram a Terra há milênios. Neste planeta a única terra firme é uma ilha de 250 km de comprimento e 65 km de largura, Não se sabe por certo se todos os sobreviventes da Terra foram viver em Alpha.
Os nativos, que chamam seu planeta e lar de Nova Terra, são amigáveis. A verdade crua é que os nativos secretamente planejam matá-los, para prevenir que qualquer brisa da existência da Nova Terra chegue aos ouvidos do resto da galáxia — os nativos tem paranóia de ser conquistados e saqueados por outros planetas.
Com a certeza de que, se Alpha não era a Terra, era pelo menos muito próxima desta, eles se dirigem ao sistema vizinho.


Ao entrar no sistema solar, eles percebem que algumas lendas sobre a Terra eram reais. De fato, o sexto planeta do sistema tem anéis muito proeminentes, muito mais do que qualquer outro gigante gasoso. Além disso, o terceiro planeta, o único à distância certa do Sol para abrigar vida, possui uma Lua anormalmente grande para um pequeno planeta rochoso. Só pode ser a Terra.

Ao se aproximar da Terra, eles descobrem, para tristeza, que as histórias que ouviram sobre a Terra, não eram lendas. A Terra emitia tanta radioatividade que não poderia abrigar vida. 

Prestes a desistir, observam a lua, e em  como se parece com um planeta. Rastreando a superfície da lua  são surpreendidos por uma força de tração que os puxa para dentro duma enorme caverna lunar. Ao pousar, são recebidos por R. Daneel Olivaw, que lhes explica como ele tem a humanidade em segredo por muitos milênios  de fato, desde a época de Elijah Baley, muito antes de haver Fundação ou Império Galáctico. Ele era responsável pela colonização de Alpha, pela criação de Gaia, e pela criação da Psico-história. Ou seja, toda a saga Fundação fora idealizada pela sua inteligência, de mais de 20 mil anos de vida. Após ouvir Daneel, Trevize confirma a decisão de então. Ele percebe,  que a humanidade precisa de união como há em Gaia.

 Daneel diz que o seu cérebro positrônico está se deteriorando. Para prosseguir na tarefa de liderar e proteger a galáxia, ele precisa fundir o seu cérebro positrônico com o cérebro biológico avançado de Fallom. Isto lhe daria o tempo necessário para supervisionar a criação de uma Gaia galáctica, a Galaksia.
Daneel explica que a Psico-história e Gaia foram instrumentos para atar a divisão que sempre houve entre os indivíduos. Esta é a única maneira de pôr fim à longa guerra da humanidade e de lhe dar força e união para repelir uma invasão de seres inteligentes doutras galáxias que há-de vir um dia. 

 No fim no livro, faz-se a terrível sugestão de que talvez o futuro inimigo já esteja entre nós, na forma da estranha criança Fallom. Ou na fusão Fallon e Daneel.

 Toda a saga é fantástica. Nos faz pensar um pouco de fato, em nosso futuro, como humanidade.
 Boa leitura.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Limites da Fundação.




  
Estou tão viciado na “Fundação” de Isaac Asimov, que outro dia uma policia rodoviária me parou e eu quase soltei um: “- Eu sou da Fundação.” Nossa, que doideira, acho que ele iria me achar um louco... 


 TITULO: Limites da Fundação
  AUTOR: Isaac Asimov
  EDITORA: Aleph
  PAG: 405

     Este é o 4° livro da série. Depois de 500 anos o plano Seldon continua seguindo perfeitamente. E o problema é este, seguindo bem até demais. 

  Ao contrário dos anteriores, este livro pode ser tratado como um único livro. Porem faz muito mais sentido se você ler a trilogia.

  Golan Trevize, um conselheiro da fundação, de Terminus, é exilado pela Prefeita. Tudo por conta de um suposto discurso subversivo de acreditar ainda na existência e sobrevivência da Segunda Fundação. A prefeita então lhe sede uma nave e uma missão: procurar pela tal Segunda Fundação, só podendo voltar caso a encontrasse. Mas não é uma nave qualquer, é uma gravitacional, com um super computador capaz de realizar múltiplos saltos pelo hiperespaço. Como disfarce, leva um historiador, Janov Pelorat, obcecado pela procura do planeta original da humanidade, a Terra, que não se sabe a localização. 

 Oficialmente, Trevize e Pelorat saem à procura da Terra, e no seu caminho passam em muitos planetas, que  não são tão respeitosos em relação a Fundação.
Em paralelo, é contada a história de Stor Gendibal, um membro proeminente da Segunda Fundação, que desenvolve uma teoria de que existiria alguma força “mental” que  poderiam ir contra a Segunda Fundação. E como prova descobre uma nativa do planeta que sofreu uma pequena alteração mental, tão sutil, que não poderia se tratar de algum membro da segunda fundação. A alteração em sua mente é mais delicada do que qualquer toque possível pela Segunda Fundação, de forma que se cria a suspeita que algum tipo de mentálicos mais poderosos está agindo através da galáxia. 

  As suspeitas recaem sobre Trevize até então,  e é enviado em uma missão para observar suas ações, em busca de encontrar seja lá que força superior está interferindo nas mentes da galáxia.


Trevize e Pelorat acabam encontrando Gaia, um planeta vivo, onde todos os seres vivos e até os inanimados compartilham uma consciência, com poderes suficientes para alterar a mente de qualquer ser humano. Trevize, encurralado pela Prefeita da Fundação e Gendibal, é chamado a escolher entre a Fundação, a Segunda Fundação e Gaia, como modelos para o futuro da humanidade. 

 Um final surpreendente, que prepara o leitor para o próximo livro, “ Fundação e Terra.”

 Boa leitura

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