Uma História da Guerra
Dados da
Obra
TITULO: Uma
história da Guerra
AUTOR: John Keegan
EDITORA: Biblioteca do Exército / Companhia das Letras
PAG.: 442
Sobre
o autor:
John Keegan foi professor de história militar
na Real Academia Militar, Sandhurst, e é editor de assuntos de defesa do Daily
Telegraph de Lodres. É autor ou co-autor de nove obras sobre assuntos
militares, entre elas o ‘The face of the battle’ e ‘The mask of command’.
Faleceu em Agosto de 2012.
Sobre
a obra:
A presente obra aborda um estudo sobre como
o homem vem, ao longo de sua evolução, desenvolvendo a forma de fazer guerra. Keegan
faz um grandioso estudo desde as guerras tribais até a era nuclear.
Mas o discurso principal do livro gira na
questão Clausewitiana de que a guerra é a continuação política, por outros
meios. Keegan parte para demonstrar que este discurso não é verdadeiro.
Nesta trajetória
ele vai nos mostrando toda a evolução do homem guerreiro, até ele se tornar um
militar.
“ O regimento – semanticamente, a
palavra liga-se ao conceito de governo – foi um expediente para assegurar ao
Estado o controle das forças Armadas. Os motivos complexos para seu surgimento
derivam de uma crise que se desenvolvera 200 anos antes no relacionamento entre
os soberanos europeus e seus fornecedores de serviços militar.
Tradicionalmente, os reis dependiam, para recrutar seus exércitos quando necessário,
dos senhores feudais, aos quais os direitos locais de subsistência e autoridade
eram delegados em troca da promessa de fornecer homens armados, em número
proporcional às concessões de terras que detinham, e por um período
determinado, quando solicitado. Em
ultima análise, o sistema era determinado pela questão da subsistência: nas
economias primitivas, em que a colheita e a distribuição são constrangidas por
dificuldades de transporte, os homens armados devem ficar assentados na terra,
com direitos sobre as colheitas, se não for para recair no status de
trabalhador.”
O
aspecto interessante de Clausewitz, que dizia que o propósito da guerra
era servir para fins políticos, levou o mundo para as duas mais sangrentas
guerras que a humanidade já conheceu, a Primeira e a Segunda Guerra.
A obra ainda trás uma viagem pela nossa
história. Grécia, Roma, Egito... Embarcamos nas caravelas e aprendemos a
cultura guerreira dos nativos americanos.
‘ A artilharia de Napoleão em Waterloo, por exemplo,
contava
com 246 canhões que atiravam cerca
de cem descargas cada
um durante a batalha. Em 1870, em
Sedan, uma das mais famosas
Batalhas do século XIX, o exército
prussiano deu 33 134 descargas.
Na semana anterior à abertura da batalha do
some, 1° de julho de 1916, a artilharia Britânica deu 1 milhão de tiros, num
peso total de cerca de 20 mil toneladas de metal explosivo.’
Não
podemos negar que a nossa história esta intimamente ligada a forma como nos
conflitamos. A evolução da guerra reflete a nossa evolução, seja tecnológica ou
social. Uma curiosidade, o exército que conhecemos hoje, não é tão antigo como imaginamos. Ele nasce da revolução Francesa. Claro que a revolução não tinha a intenção de formar cidadãos soldados, mas no fim foi o que aconteceu. Este é um fato interessante para compreendermos a formação da nossa contemporaneidade.
Um livro obrigatório para estudantes de
História, Sociologia e para aqueles que se interessam pelo tema.
Ótima Leitura.