sábado, 21 de maio de 2016

Uma História da Guerra.


Uma História da Guerra


  Dados da Obra




  TITULO:  Uma história da Guerra

   AUTOR: John Keegan

   EDITORA: Biblioteca do Exército / Companhia das Letras

   PAG.: 442









   Sobre o autor:

  John Keegan foi professor de história militar na Real Academia Militar, Sandhurst, e é editor de assuntos de defesa do Daily Telegraph de Lodres. É autor ou co-autor de nove obras sobre assuntos militares, entre elas o ‘The face of the battle’ e ‘The mask of command’. Faleceu em Agosto de 2012.

  Sobre a obra:
  A presente obra aborda um estudo sobre como o homem vem, ao longo de sua evolução, desenvolvendo a forma de fazer guerra. Keegan faz um grandioso estudo desde as guerras tribais até a era nuclear.


   
Mas o discurso principal do livro gira na questão Clausewitiana de que a guerra é a continuação política, por outros meios. Keegan parte para demonstrar que este discurso não é verdadeiro. 




  Nesta trajetória ele vai nos mostrando toda a evolução do homem guerreiro, até ele se tornar um militar.

  “ O regimento – semanticamente, a palavra liga-se ao conceito de governo – foi um expediente para assegurar ao Estado o controle das forças Armadas. Os motivos complexos para seu surgimento derivam de uma crise que se desenvolvera 200 anos antes no relacionamento entre os soberanos europeus e seus fornecedores de serviços militar. Tradicionalmente, os reis dependiam, para recrutar seus exércitos quando necessário, dos senhores feudais, aos quais os direitos locais de subsistência e autoridade eram delegados em troca da promessa de fornecer homens armados, em número proporcional às concessões de terras que detinham, e por um período determinado, quando solicitado.  Em ultima análise, o sistema era determinado pela questão da subsistência: nas economias primitivas, em que a colheita e a distribuição são constrangidas por dificuldades de transporte, os homens armados devem ficar assentados na terra, com direitos sobre as colheitas, se não for para recair no status de trabalhador.”




    

   O aspecto interessante de Clausewitz, que dizia que o propósito da guerra era servir para fins políticos, levou o mundo para as duas mais sangrentas guerras que a humanidade já conheceu, a Primeira e a Segunda Guerra. 





   A obra ainda trás uma viagem pela nossa história. Grécia, Roma, Egito... Embarcamos nas caravelas e aprendemos a cultura guerreira dos nativos americanos.

 ‘ A artilharia de Napoleão em Waterloo, por exemplo, contava
com 246 canhões que atiravam cerca de cem descargas cada
um durante a batalha. Em 1870, em Sedan, uma das mais famosas
Batalhas do século XIX, o exército prussiano deu 33 134 descargas.
 Na semana anterior à abertura da batalha do some, 1° de julho de 1916, a artilharia Britânica deu 1 milhão de tiros, num peso total de cerca de 20 mil toneladas de metal explosivo.’


      Não podemos negar que a nossa história esta intimamente ligada a forma como nos conflitamos. A evolução da guerra reflete a nossa evolução, seja tecnológica ou social.    Uma curiosidade, o exército que conhecemos hoje, não é tão antigo como imaginamos. Ele nasce da revolução Francesa. Claro que a revolução não tinha a intenção de formar cidadãos soldados, mas no fim foi o que aconteceu. Este é um fato interessante para compreendermos a formação da nossa contemporaneidade.


 

  Um livro obrigatório para estudantes de História, Sociologia e para aqueles que se interessam pelo tema.

 Ótima Leitura.

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