domingo, 26 de abril de 2015

O fim da infância

   


‘Nos primeiros anos da Guerra Fria, uma raça intelectual e tecnologicamente superior ao homem desce dos céus para governar a terra. Diferente do que se poderia imaginar, os invasores não pretendem escravizar a humanidade. Ao contrário, eles acabam conduzindo-a a um período de prosperidade jamais visto, em que não mais existem a fome, a marginalidade, as doenças e a guerra. Benevolentes, parecem querer sinceramente o melhor para os seres humanos.'







TITULO: O fim da Infância

AUTOR: Arthur C. Clarke

EDITORA: Aleph

PAG.: 319





   A editora Aleph me surpreendeu nesta edição. Além de uma bela capa metalizada, o livro ainda trás de bônus uma versão inédita do primeiro capítulo, reescrito por Clarke em 1989. E também o conto que deu origem ao livro, “O anjo da guarda”. É na verdade a 4° parte do primeiro capítulo do livro, o que muda é o final.

  Arthur Charles Clarke é mais conhecido pela sua obra adaptada para o cinema: 2001 uma odisseia no espaço e também pelo aclamado 2010, o ano em que faremos contato. A presente obra também já teve os seus direitos vendidos para o cinema, vamos esperar.


  Como eu sempre digo, para conhecer a obra, precisamos conhecer o autor. Arthur Charles Clarke sempre foi um apaixonado por astronomia. Durante a segunda Guerra Mundial serviu a R.A.F como técnico do sistema de radar. Depois estudou matemática e Física. Aprendeu sobre os cálculos de orbitas e propôs inclusive a chamada orbita estacionária, onde poderiam ser colocados satélites para comunicação mundial, e estamos falando da década de 40, inicio da década de 50!

    A editora disponibilizou uma degustação do primeiro capítulo:

                                             Editora aleph - Capitulo_1.pdf

   Neste futuro possível, a humanidade, em virtude de todas as dificuldades terem sido removidas, percebe que há um vazio no homem, a criatividade, inventividade, começa a desaparecer. Todas as expectativas de novas descobertas são ‘esfriadas’, afinal os senhores supremos estão anos luz  de todas as possíveis descobertas. Interessante que no livro “O fim da eternidade” do grande Asimov, também propõe esta possibilidade:

“Ao eliminar os desastres da realidade – disse Noys – a Eternidade exclui também os triunfos. É enfrentando as grandes dificuldades que a humanidade consegue alcançar com mais êxito os grandes objetivos. É do perigo e da insegurança que surge a força que impulsiona a humanidade para novas e grandiosas conquistas. Você consegue entender isso? Consegue entender que, ao afastar as armadilhas e vicissitudes que perseguem o homem, a Eternidade não deixa que ele encontre suas próprias soluções, boas e amargas, soluções reais que chegam quando a dificuldade é enfrentada, não evitada?(...)”

  Sem querer levantar polêmica, mas talvez este não seria o motivo pelo qual ainda não sofremos contato?

   ‘ Com muitas conquistas e poucos focos de resistência, a humanidade capitula diante do invasor. O Homem abdica de seu dinamismo e poder criativo e deixa de aspirar a qualquer coisa que não o prazer e o entretenimento. O mundo está em paz, mas um indefinível mal-estar ainda assombra os corações humanos.


  Para aqueles que resistem, torna-se evidente que os senhores Supremos têm algo a esconder, que têm um objetivo maior. No transcorrer de duzentos anos de história após sua chegada, alguns de seus segredos serão revelados, outros permanecerão ocultos até que a humanidade esteja pronta. Até que uma missão seja cumprida. Até que a raça humana conheça o destino que lhe foi traçado.’


  Bem, qualquer coisa que eu diga mais sobre este livro vai estragar as surpresas que torna a leitura de Clarke lógica e crível.


  Uma ótima leitura.

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