Ontem terminei de ler o ultimo livro da trilogia “Fundação”. Uma pena. Agora estou atrás dos outros quatro volumes.
TITULO: Fundação e Império / Segunda Fundação
AUTOR: Isaac Asimov
EDITORA: Aleph
PAG: 244 / 234
Na continuação da
saga, as previsões de Hari Seldon continuam guiando a fundação. A única coisa
não previsível seria a ação de um indivíduo. Somos então apresentados ao
“MULO”. Um ser mutante, com poderes mentais capaz de alterar as emoções de toda
uma civilização.
Na primeira parte nos é contado como o Império
Galáctico, já então em colapso, lança um ataque contra a Fundação. O ataque é
liderado pelo General Bel Riose, um comandante de capacidade inigualável. O
Império, apesar de ser só uma sombra do que já foi outrora, ainda retém muito mais
recursos e homens do que a Fundação. A Fundação oferece dinheiro ao general em
troca de uma trégua, mas ela é rejeitada. Resta a Devers, um cidadão da Fundação,
interceptar uma mensagem que resume todas as últimas atividades do general e
fugir para Trantor, a capital imperial, na esperança de convencer o imperador a
tirar Riose da linha de frente. O desfecho desta trama é surpreendente.
Esse desfecho é o resultado inevitável das forças
psico-históricas, ou do "plano Seldon". "Sob um imperador fraco, um general de sucesso teria bem mais
a ganhar ao dar um golpe em Trantor do que ao sair em conquista de regiões
distantes da galáxia. Um general fraco, é claro, não é ameaça nenhuma para a
Fundação, mesmo sob um imperador forte. Um imperador forte, num império em
declínio, não poderia ele mesmo se arriscar a deixar o planeta central para
fazer guerra na fronteira, porque logo as intrigas da corte elevariam um
substituto no trono. A única ocasião na qual haveria uma real ameaça para a
Fundação seria quando houvesse ambos um imperador forte e um general forte; o
general não poderia derrubar o imperador, então a sua ambição seria divergida
para a fronteira". Um imperador forte, entretanto, é justamente aquele que não
permite que ninguém mais fique poderoso demais; um imperador forte mataria um
general competente antes que ele pudesse representar um perigo ao trono. A
história confirmou a previsão psico-histórica. Em qualquer caso que seja, a
Fundação é invulnerável.
Fica muito obvia
neste livro, a ligação da trama com o império Romano.
Na segunda parte aparece o Mulo. Não vou estragar a surpresa
comentando esta segunda parte.
No terceiro e último livro, “ Segunda Fundação”,
descobrimos de fato o que vem a ser a segunda fundação. Enquanto que a força da
Primeira Fundação vem do domínio do mundo físico, do conhecimento atômico, a força da Segunda vem do
domínio da mente, inclusive o aprofundamento da ciência da
psico-história. A sua função, ao que parece é garantir que o Plano Seldon se dê
à risca, tanto através do refinamento da matemática e das previsões do Plano
quanto através da resolução de imprevistos. A Segunda Fundação é governada por
um conselho dos mais capazes, chamados de Oradores. Apesar desse título, que
denota a fala, naturalmente não é preciso falar, pois utilizam amplamente a
telepatia. O líder do grupo tem o cargo de Primeiro orador. Que é mais um título, similar
ao orador que abria os trabalhos no senado Romano.
A estrutura da Segunda Fundação é baseada em num complexo predial em
Trantor, os únicos prédios que sobreviveram ao Grande Saque, que vivem e trabalham
vários técnicos e analistas. Dentro desse complexo vão os relatórios dos
agentes enviados a todas as partes da galáxia; é com base nesses relatórios que
ações são tomadas para proteger o curso do Plano Seldon.
A leitura desta
trilogia, principalmente este último livro, requer certa atenção, pois a
quantidade de personagens as vezes nos faz perder a linha do enredo.
A idéia de que toda
nossa vida já estaria pré destinada por um plano invisível é bem explorada por
esta série. E não importa o que fazemos, achando que estamos no controle, mas
tudo leva ao desfecho o qual foi pré-destinado.
E quem sabe não
estamos todos nós sujeitos ao plano Seldon, o qual chamamos simplesmente de “destino”.
Boa leitura!
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