segunda-feira, 6 de maio de 2013

Fundação e Império / Segunda fundação






Ontem terminei de ler o ultimo livro da trilogia “Fundação”. Uma pena. Agora estou atrás dos outros quatro volumes.



 TITULO: Fundação e Império / Segunda Fundação
 AUTOR: Isaac Asimov
 EDITORA: Aleph
 PAG: 244 / 234

  Na continuação da saga, as previsões de Hari Seldon continuam guiando a fundação. A única coisa não previsível seria a ação de um indivíduo. Somos então apresentados ao “MULO”. Um ser mutante, com poderes mentais capaz de alterar as emoções de toda uma civilização. 

Na primeira parte nos é contado como o Império Galáctico, já então em colapso, lança um ataque contra a Fundação. O ataque é liderado pelo General Bel Riose, um comandante de capacidade inigualável. O Império, apesar de ser só uma sombra do que já foi outrora, ainda retém muito mais recursos e homens do que a Fundação. A Fundação oferece dinheiro ao general em troca de uma trégua, mas ela é rejeitada. Resta a Devers, um cidadão da Fundação, interceptar uma mensagem que resume todas as últimas atividades do general e fugir para Trantor, a capital imperial, na esperança de convencer o imperador a tirar Riose da linha de frente. O desfecho desta trama é surpreendente.

Esse desfecho é o resultado inevitável das forças psico-históricas, ou do "plano Seldon". "Sob um imperador fraco, um general de sucesso teria bem mais a ganhar ao dar um golpe em Trantor do que ao sair em conquista de regiões distantes da galáxia. Um general fraco, é claro, não é ameaça nenhuma para a Fundação, mesmo sob um imperador forte. Um imperador forte, num império em declínio, não poderia ele mesmo se arriscar a deixar o planeta central para fazer guerra na fronteira, porque logo as intrigas da corte elevariam um substituto no trono. A única ocasião na qual haveria uma real ameaça para a Fundação seria quando houvesse ambos um imperador forte e um general forte; o general não poderia derrubar o imperador, então a sua ambição seria divergida para a fronteira". Um imperador forte, entretanto, é justamente aquele que não permite que ninguém mais fique poderoso demais; um imperador forte mataria um general competente antes que ele pudesse representar um perigo ao trono. A história confirmou a previsão psico-histórica. Em qualquer caso que seja, a Fundação é invulnerável.

 Fica muito obvia neste livro, a ligação da trama com o império Romano.

Na segunda parte aparece o Mulo. Não vou estragar a surpresa comentando esta segunda parte. 

No terceiro e último livro, “ Segunda Fundação”, descobrimos de fato o que vem a ser a segunda fundação. Enquanto que a força da Primeira Fundação vem do domínio do mundo físico, do conhecimento atômico, a força da Segunda vem do domínio da mente, inclusive o aprofundamento da ciência da psico-história. A sua função, ao que parece é garantir que o Plano Seldon se dê à risca, tanto através do refinamento da matemática e das previsões do Plano quanto através da resolução de imprevistos. A Segunda Fundação é governada por um conselho dos mais capazes, chamados de Oradores. Apesar desse título, que denota a fala, naturalmente não é preciso falar, pois utilizam amplamente a telepatia. O líder do grupo tem o cargo de Primeiro orador. Que é mais um título, similar ao orador que abria os trabalhos no senado Romano.

 A estrutura da Segunda Fundação é baseada em num complexo predial em Trantor, os únicos prédios que sobreviveram ao Grande Saque, que vivem e trabalham vários técnicos e analistas. Dentro desse complexo vão os relatórios dos agentes enviados a todas as partes da galáxia; é com base nesses relatórios que ações são tomadas para proteger o curso do Plano Seldon.

  A leitura desta trilogia, principalmente este último livro, requer certa atenção, pois a quantidade de personagens as vezes nos faz perder a linha do enredo.
 A idéia de que toda nossa vida já estaria pré destinada por um plano invisível é bem explorada por esta série. E não importa o que fazemos, achando que estamos no controle, mas tudo leva ao desfecho o qual foi pré-destinado.

 E quem sabe não estamos todos nós sujeitos ao plano Seldon, o qual chamamos simplesmente de  “destino”.

 Boa leitura!

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