domingo, 6 de dezembro de 2015

Os Abduzidos



  “A vida extraterrestre intriga; provoca um misto de fascínio e temor como só o desconhecido é capaz de provocar.  As grandes civilizações do passado detinham saberes que ainda hoje desafiam arqueólogos e pesquisadores; foram capazes de avanços repentinos que até hoje impressionam. Que os explica, afinal? Mas também é do espaço que partem ameaças concretas. O renegado de um planeta estéril aborda governos mundiais à época dos primeiros movimentos da Segunda Guerra e conduz negociações sagazes até os anos 1950. Logo muda de estratégia. Conseguirá o krill abrir as portas da Terra para seus ávidos compatriotas?

   Em meio a lances tão determinantes, observamos a liderança de Jesus, o avatar planetário, sua ação direta e a participação de seus emissários mais próximos: de Miguel a Maria; de Elias, abduzido perante o discípulo, até João, o evangelista arrebatado. Todos atendem o chamado da grande consciência cósmica para construir não só um novo planeta, mas uma só civilização: a humanidade.”





TITULO: Os Abduzidos

AUTOR: Robson Pinheiro

EDITORA: Casa dos Espíritos

PAG.: 416





   Este é o 4° livro da série ‘Crônicas da Terra’  de Robson Pinheiro. Só para lembrar os títulos anteriores são:





O fim da Escuridão

 Os Nephelins

 O Agenere








   O livro segue a forma editorial dos anteriores e o padrão de qualidade da Casa dos Espíritos. Acredito que apesar, (ao que parece), desta obra encerrar a série o autor ainda voltara ao tema em outras obras.

   Antes de você interromper a leitura deste post, por não ser Espirita, ou simplesmente ser de uma ou outra religião que acredita que, ou melhor, não acredita no espiritismo, permita-me só uma parte: eu não sou espírita. Mas tão pouco pertenço a uma ou outra religião. Acredito sim em um ‘Deus’. Nesta força criadora, nesta energia que até consigo sentir algumas vezes. Mas não acho que precisamos de um ‘guru’, ou padre, ou Pastor... Seja como você chame. Eu sou um estudioso da Bíblia, dos livros Apócrifos, da cultura religiosa em geral. E por tal motivo respeito e entendo os perfis religiosos de cada um. Mas há uma particularidade em relação ao Espiritismo. Não há aquele que ‘meio’ acredita. Há os que acreditam e os que não acreditam. Eu acredito, pois a minha experiência me levou a acreditar.

  Mas independente da sua linha religiosa, já parou para pensar que todas elas estão sendo praticadas da mesma forma. Acreditam-se nos mesmos dogmas. Muda o formato, muda-se a embalagem, mas o conteúdo é sempre o mesmo. O mundo evolui, os conhecimentos científicos, médicos, avançam e nossas práticas religiosas não mudam. Será? Eu percebo que estão mudando. Deixe-me ilustrar o que vejo notado.
  Imaginem que tivéssemos um tabuleiro do conhecimento Universal. Sobre este tabuleiro colocamos as linhas de conhecimento, ( Principais ). Reparem que cada uma ‘detém’ uma parte do conhecimento.


  Para terem acesso ao conhecimento central, elas irão precisar de  se encontrar.  E este é o problema.  Durante anos, cada uma delas acreditou deter toda a verdade e agora terá que escutar novas verdades. Verdades estas que poderão ir ao encontro daquilo que ‘deduziam’ como a verdade central. É por isto que temos as guerras religiosas, a intolerância.


   E Robson Pinheiro é um instrumento de aproximação. Por isto considero importante que todos, Espíritas, Ufólogos, Exotéricos, Cristãos, até os Ateus. Que leiam estas obras.

  “A maioria dos humanos acredita, incluindo os que se consideram a elite intelectual, que são a única forma de vida no universo. Miseráveis criaturas! Quem pensa assim? Não obstante, esse tipo de idéia vem a calhar para  quem pretende dominar e reger um mundo como tal – O Krill escarnecia da espécie humana – Aproveitei a situação, a distração dos brinquedinhos que nossa equipe ofertou aos cientistas e aos governantes do seu mundo, e me inteirei de muitos negócios, de muitas das políticas vigentes.”

   Precisamos descer de vez o véu da ignorância que nos cobre.

“ Tenho para mim, caro amigo – Embora eu nunca possa dizer isso em público, senão seguramente serei apedrejado, segundo manda a lei de Moisés – que este a quem denominamos Deus, esse ser a quem aprendemos a adorar, em nome de quem falamos ao nosso povo, pode muito bem não ser Deus, o criador, o ser que originou todas as coisas e criaturas. Talvez estejamos ainda à procura desse Deus original, desse Deus que é o Pai de tudo o que existe na terra e no céu. Estou convencido que nossa visão de mundo é por demais limitada que para termos uma ideia exata ou mais aproximada com respeito àquele ou àquilo com que lidamos.”


  A editora disponibiliza uma degustação da obra no link:


  Permitam-se ao menos questionar esta obra. O questionamento leva a novos conhecimentos. Precisamos...


 

     

sábado, 7 de novembro de 2015

Comandar - Pierre Charles Émile Lebaud



“Nesta época feliz, a trincheira era muito primitiva. Convencidos do próximo reinício da marcha para a frente, julgávamos inútil construí-la confortavelmente. Pouco profunda, sem abrigos subterrâneos, ela não era ligada por sapatas à retaguarda; á frente nenhuma defesa acessória. Lá ficava-se tranquilamente, ao escurecer, em pleno campo, de onde as patrulhas inimigas podiam aproximar-se facilmente, protegidas pela escuridão. Isso dava ensejo a contínuos tiroteios que, às vezes e sem razão, propagavam-se por toda a frente de um corpo de Exército.”








TITULO: Comandar

AUTOR: Pierre Charles Émile Lebaud

EDITORA: Bibliex

PAG.: 140






    

     Consegue imaginar a Europa pós primeira Guerra mundial? Digo, do lado vencedor? O que pensavam os homens deste período?

   Bem esta obra reeditada pela Bibliex nos trás uma visão bem interessante da Europa da década de 20. Pierre Charles foi Tenente Coronel durante a primeira grande guerra. Comandou as 101° e 130° regimento de infantaria. Além de fazer uma narrativa sobre o inferno da rotina nas trincheiras, Pierre Charles faz uma reflexão sobre o conflito e de como serão os conflitos depois da grande guerra. Ele escreveu este livro como um manual para que as futuras gerações se preparassem no caso de um novo conflito.

“ Ao fim da via-sacra, o regimento desembarca no Moulin-Brûlé, perto de Nixéville, debaixo de uma chuva torrencial, e entra na cidadela de Verdun por um itinerário desenfiado, atravessando o Bois-la-Ville e passando a leste do Forte Regret. Já foi muitas vezes descrita a vida subterrânea  dessa cidadela famosa... um mundo! Cada soldado aí recebe víveres e munições para completar seus aprovisionamentos. Logo no dia seguinte, chegou a ordem para entrar em linha. Atravessamos a povoação de Belleville, quase em ruínas. Atrás da crista da vertente norte que domina, muitas baterias estão em posição e atiram intermitentemente. Começa a desolação do campo de batalha. Tudo se atola na lama: caixões, viaturas quebradas, rodas de viaturas ou canhões, cartuchos, granadas, víveres, roupas sujas e ensanguentadas...”

  Uma coisa fica clara, os Franceses se encheram de orgulho com a vitória sobre os Alemãs. Durante a leitura observamos uma enxurrada de elogios ao soldado Frances, o ‘Poilu’. Nada é comentado a cerca do famoso natal de 1914. Mas vale a pena um olhar mais atento com relação a previsão para o futuro. Este livro, como disse, em forma de um manual, já trás em suas entrelinhas um certo aviso, do tipo, “ Não devemos esquecer que o inimigo, apesar de abatido, ainda ronda nossas fronteiras.”


  Interessante esta advertência vinda de um Frances, em plena década de 20, antes de estourar a depressão. Ou seja, apesar da Europa estar passando por um momento de reconstrução, havia, ou deveria haver uma sensação de calmaria após a tempestade. Ou será que já se sentia na verdade a calmaria que vem antes de uma tempestade?

  Durante a reunião de Ialta, os aliados concordaram que nenhum acordo de rendição seria feito com a Alemanha. Apenas a derrota mediante a destruição de Berlin seria aceita. Seria este um aprendizado dos termos da primeira guerra? Lembremos que Hitler fez questão de que a assinatura da derrota Francesa fosse assinada no mesmo vagão em que a Alemanha havia assinado a rendição de 1918. Rendição esta que ainda é muito discutida.



   






Rendição Alemã-1918










                            

         Rendição Francesa-1940




   Este livro pode ser usado como uma fonte história bem interessante sobre o período. Não é uma leitura, digamos, boa.  Até pela pagina 56 a leitura corre bem, depois ela inicia a etapa do manual que falei acima. Então começa a ficar um pouco ‘desinteressante’. Porém ainda é uma fonte, pois mostra como as coisas aconteciam até aquele período, neste microcosmo que é o sistema militar francês da década de 20.

  Boa leitura.

domingo, 4 de outubro de 2015

VALIS


  

   
  “O item principal da sacola de truques verbais de kevin era que o universo consistia de angustia e hostilidade e ele ia pegar você no final. Ele olhava para o Universo da maneira como a maioria das pessoas olha para uma conta que não foi paga; no fim das contas você será obrigado a pagar. O Universo te dá corda, deixa você se debater a vontade, e depois puxa para você se enforcar. Kevin vivia esperando que isto acontecesse com ele, comigo, com David e especialmente com Sherri. Quanto a Horselover Fat, Kevin acreditava que a linha já devia ter sido puxada há anos. Há muito tempo que Fat já havia passado da parte do ciclo onde puxam você de volta. Ele considerava Fat não somente um condenado em potencial, mas um condenado de verdade.”





TITULO: VALIS

AUTOR: Phillip K. Dick

EDITORA: Aleph

PAG.: 300





    
   Mas uma grande obra do gênio da ficção Científica reeditada pela Aleph. Capa e contra capa seguem o mesmo padrão das outras obras de Dick. O título é tão apenas um adesivo colado na capa. Este fato é interessante. As pesquisas com consumidores de livros mostram que a ‘capa’ corresponde a quase 30% da decisão de compra de um livro. Esta com toda a certeza não é uma capa que ‘vende’. Mas, o público alvo, ou seja, aqueles que procuram Philip K. Dick, não se importam se a capa tem fios de ouro, ou se é branca escrita a mão. Afinal é Dick!!!! Interessante a sacada da Aleph.

  As folhas do miolo são, as já padrão da Aleph, aquelas mais amareladas, pólem 80. Ajuda bem a leitura.

     Mas vamos ao Livro. VALIS pode parecer um nome, mas é na verdade um acrônimo  para ‘ VAST ACTIVE LIVING INTELLIGENCE SYSTEM’ ( Vasto sistema ativo de inteligência viva ). O acrônico vem de um filme que eles assistem e que acaba amarrando todo o enredo do livro.

  Muitos não sabem, mas a ideia original era que VALIS seria uma trilogia, porém não passou deste primeiro livro.


  O livro conta a história de Horselover Fat, que é na verdade o próprio autor, Phillip K. Dick. Por isto muitos fãs acreditam que esta obra é quase uma auto biografia. Bem, Fat acredita que suas visões tem o poder de expor fatos ocultos sobre a realidade da vida na Terra. Uma de suas teorias é que existe algum tipo de satélite espacial alienígena em órbita ao redor da Terra, e que está ajudando a humanidade e evoluir. Na verdade a teoria do satélite pré-histórico já era bem conhecida desde os anos 70. A trama começa a tomar forma quando Fat e seus amigos assistem ao filme Valis. Valis (o filme ficcional) contém referências óbvias a revelações idênticas aos que Horselover Fat tem experimentado. Os três amigos então entendem que eles foram convocados para uma missão:  achar o novo Avatar, ou Sophia, que é o Messias ou encarnação da Sabedoria Sagrada antecipado por algumas variantes do cristianismo gnóstico.

   Neste ponto percebemos que Dick foi bastante influenciado pelos manuscritos de Nag Hammagi . Eles encontram a Sophia, que tem dois anos e esta lhes revela que toda a teoria deles estava correta.

    O livro é psicodélico, como quase tudo dos anos 60, 70 e 80. Requer um pouco mais de atenção para não perder o enredo.

   Mas o que achei mais interessante neste livro é o debate de Teologia e filosofia, especialmente metafísica filosófica. Este debate acaba por desempenhar um papel importante em VALIS, apresentando não apenas Dick (e / ou Horselover Fat ) e os pontos de vista próprios sobre estes temas, mas também a sua interpretação de inúmeras religiões e filosofias do passado. Para um leitor mais atento, perceberá que o autor faz várias referências religiosas, dentre elas o Gnosticismo, a irmandade  Rosa Cruz, zoroastrismo e budismo, bem como escritos bíblicos, incluindo o Livro de Daniel e os do Novo Testamento. Muitos antigos filósofos gregos são discutidos, incluindo vários pré-socráticos (Pitágoras, Xenófanes, Heráclito, Empédocles e Parmênides), bem como Platão e Aristóteles. Pensadores mais recentes que são mencionados incluem a filósofos Pascal e Schopenhauer, o cristão místico Jakob Böhme, o alquimista Paracelso, os psicólogos Carl Jung e Sigmund Freud, o historiador romeno da religião Mircea Eliade, e o autor e psicólogo Robert Anton Wilson.

   A ação de VALIS é definido firmemente na cultura popular americana de seu tempo, o romance contém várias discussões prolongadas sobre metafísica.


   Valis acabou influenciando muitos artistas.  Foi adaptado em 1987 para uma ópera eletrônica pelo compositor Tod Machover, e realizada no Centro Georges Pompidou, com cantores ao vivo e projeções de vídeo criados pela artista Catherine Ikam.  VALIS também  apareceu em um programa de TV. O episódio de uma série, recebeu o título de "Eggtown", foi ao ar 21 de fevereiro de 2008, o personagem John Locke dá à Ben Linus o livro ‘VALIS’ para ler. Ele o retira da estante de livros de Ben, enquanto Ben está sendo mantido em cativeiro. Em um outro episódio da série "The Other Woman", de 06 de marco de 2008, Ben é mostrado lendo ‘Valis’ antes de ser interrompido por Locke.

   A banda de metal progressivo, Tacoma Narrows Bridge Disaster,  tem músicas nomeadas ‘Exegese’, ‘Valis’ e ‘preto Prisão de Ferro’, todos inspirados pela obra de Dick, em seu álbum de 2012 Exegese.


  “Ao ver Cristo em uma visão, eu disse corretamente para ele:’Nós precisamos de cuidados médicos’. Na visão havia um criador insano que destruía o que criava, sem objetivo; o que significa dizer, irracionalmente. Este é o traço de loucura de mente; Cristo é nossa única esperança,  já que não podemos mais convocar Asclépio. Asclépio veio antes de Cristo e fez um homem se erguer dos mortos; por esse ato, Zeus mandou um dos Kyklopes mata-lo com um raio. Cristo também foi morto pelo que havia feito; erguer um homem dos mortos. Elias trouxe um menino de volta a vida e desapareceu logo em seguida num redemoinho. “O império nunca terminou” ”


“ De muitas maneiras, a exegese de Fat faz mais sentido do que Parsifal. Fat concebe o universo como um organismo vivo no qual uma partícula tóxica penetrou. A partícula Tóxica, feita de metal pesado, se incorporou ao organismo-universo e o está envenenando. O organismo-universo despacha um fagócito. O fagócito é Cristo. Ele cerca a partícula de metal tóxico – A prisão de ferro Negra – e começou a destruí-la”

  Uma ótima leitura à todos!

domingo, 27 de setembro de 2015

Diálogo com um Executor






 “ (...)
   Quantas tolices não tem cometido os tolos que julgam que o espírito não sofre dor alguma, a não ser aquelas dos seus mentais. Embora essas também existam, elas estão mais relacionadas aos reflexos condicionados da dor sofrida no corpo carnal e aos remorsos por erros cometidos do que com a dor do corpo espiritual.
   Esta sim é um tormento. Eu a vivi com grande intensidade e posso dizê-lo com toda a segurança: o corpo espiritual vibra tanto com a dor a ele infligido quando o corpo carnal.
   Digo isto porque, se não fosse os seus amigos terem dado o alívio da cura antes da doutrina, talvez eu ainda estivesse vagando nas trevas da ignorância das coisas divinas.
  Mas não! Primeiro curaram minhas feridas, depois saciaram a minha sede, e só então vieram doutrinar-me para as coisas divinas.
(...)”




TITULO: Diálogo com um Executor

AUTOR: Rubens Saraceni

EDITORA: Madras

PAG.: 120







    Já há algum tempo eu tenho ouvido falar dos livros escritos pelo Saraceni. Tenho um amigo que é um fã incondicional dele, tem todos os livros escritos por ele e inclusive já pode conversar com ele quando ainda vivo. Rubens Saraceni veio a falecer em Março de 2015.

   Na Bienal deste ano eu adquiri um dos livros dele, cujo título esta escrito acima. O trabalho editorial e gráfico é o padrão da Madras, muito bem feito. Todo o miolo em papel offset de média/alta gramatura, ou seja, as letras da página de trás não atrapalham a sua leitura.

  O livro é de certa forma pequeno, para quem esta acostumado a ler, é uma leitura rápida.  Eu devo confessar que o li em aproximadamente quatro horas. A maior parte dele é escrita em forma de diálogo, o que da uma dinâmica muito grande para a leitura.
   
   Porém não é um livro de ‘digestão’ assim tão fácil. É perturbador! A história apresentada é a história de Mário Ventura, um espírito hoje na Luz. Mas que andou por muito tempo nas trevas e da ignorância das coisas divinas e sagradas, tal qual muitos de nós.

   Mário Ventura, através da sua história, nos mostra o que ocorre quando, pessoalmente, tomamos em nossas mãos os rigores que somente à Lei Divina pertencem. Durante sua trajetória ele vivência inúmeras situações que mostram as mais chocantes expiações a que são submetidos todos aqueles que ousam interferir no seu próprio carma expiatório.


   O “Diálogo com um Executor” traz a introdução ditada pelo próprio Mário Ventura, o autor espiritual do livro. O grande ponto deste livro, é que ele nos faz pensar e voltar o nosso olhar para dentro de nós e ver o quanto somos frágeis, ou de certa forma, até manipuláveis se não temos o conhecimento adequado.

  Já gostaria de adiantar a você que se interessou em comprar e ler este livro, que a questão da sexualidade é muito explorada ao longo da obra. Logo assim que o nosso autor espiritual desencarna, ele viaja num ônibus, onde ele pode assistir como certas entidades provocam um casal a se estimularem o que gera em seguida um caso de obsessão sexual destas entidades. Na verdade esta parte é uma preparação ao que vem depois, no decorrer do livro.

    Outro ponto bem interessante, já colocado no texto de abertura deste post, é a questão da dor que o espírito pode sofrer. A observação do espírito a um certo desejo de ‘vingança’ que pode leva-lo de volta aos caminhos sombrios do ódio e da dor.

   Mas uma parte da estrutura deste mundo espiritual nos é mostrado, em várias partes do livro. São entidades identificadas como "protegidos", "protetores", "guardiães transformadores" e "guardiães executores". Esta é uma parte que achei um pouco confusa, se alguém puder ajudar agradeço. Pelo que entendi, existem entidades que apesar de estarem no chamado ‘reino das sombras’, fazem os trabalhos solicitados pelo mundo da luz. Como eles falam, “Alguém tem que fazer o trabalho sujo.” E este trabalho é uma forma de elevação para estes espíritos.


   E, acho que esta é a principal questão do livro, a obra nos trás uma visão a cerca da justiça divina e do carma. Mario Ventura na sua tentativa de ajudar a sua família encarnada, acaba interferindo no carma e no destino de todos. No fim, para que ocorra a elevação do seu espírito ele deve queimar todo o carma acumulado e de certa forma gerado por ele enquanto desencarnado.

   “Era a lei divina atuando implacável sobre aqueles que não souberam dosar suas emoções e as desequilibram.

   Meu Deus! Como era triste ver o sofrimento daqueles infelizes. Eu os olhava e sentia pena, pois não passavam de vítimas de suas próprias loucuras, agora transformados em algozes de si próprios; seus torturadores e os causadores das dores e do sofrimento, quem eram senão os seus outrora tão valorizados membros viris?

   Que horror! Eles os olhavam como se fossem os piores demônios castigadores. Amaldiçoavam seus sexos carcomidos pelos vermes e miasmas. Urravam de dor e clamavam por auxílio e perdão por terem se deixado envolver e conduzir por essa emoção tão gratificante quanto equilibrada com o todo contido no vaso da vida, mas tão perversa quanto bestializada.

   Era a lei divina agindo de forma sábia e implacável sobre o ser humano.
   (...)”

  E por fim, ele nos mostra que em todos os momentos a escolha é nossa. Até quando seu espírito sofria os piores flagelos, a escolha era dele, poderia passar por aquilo e aprender, ou poderia simplesmente abdicar da dor e do sofrimento e deixar-se cair no abismo do mundo sombrio.


  Uma ótima leitura à todos!

domingo, 13 de setembro de 2015

Bienal do livro - Rio 2015



   Sábado fui a Bienal do Rio.  Apesar de ir cedo não deu para evitar o engarrafamento. Devido as obras, ( Já fiquei com pena do pessoal que vai para o Rock in Rio ), tinha muita lama, falta de placas de informação e vários desvios.

   Como sempre a desorganização para os eventos aqui no Rio é notória. Não sei quem estava mais perdido, se eram as placas ou os guardas municipais. Por conta desta desorganização acabei tendo que estacionar na entrada J, que fica praticamente fora do espaço do Rio Centro. Mas em fim, o que é andar um pouco, seria até bom se não fosse a chuva.


   A entrada foi bem tranquila. Pela primeira vez fui com a credencial de ‘Autor’. Eu ainda não divulguei nada aqui no Capa, Borda e Folhas. Esta Bienal foi o inicio da divulgação. Mas este é um assunto para outro momento.

                               KV - A Fortaleza de Aço.
  
   Entramos pelo pavilhão Laranja. Este pavilhão tinha mais publicações para o público infantil. Mas tinha muita Promoção.


   O pavilhão Azul era o mais recheado. Devo admitir que achei os estandes mais 'básicos’ esta Bienal. Acho que a crise deu uma freada nos expositores. Até o estande da Madras, que é sempre uma atração à parte, nesta feira ficou bem simples, em relação as últimas edições da Bienal.



   No computo geral achei esta Bienal mais fraca que as anteriores.   Uma coisa que gostei muito foram os preços, não sei se foi por conta de ter ido no penúltimo dia, mas achei os preços muito bons. Tinha muita promoção.

   Villardo Prior, do Site 'www.motivacaoagora.com.br'

  Duas faltas que senti, uma de um estande da “Casa dos Espíritos” e a outra de um estande da “Aleph”.

  Consegui alguns contatos para distribuição e divulgação do meu livro, isto foi bem legal.

  Obrigado ao pessoal da All Print Editora.
www.allprinteditora.com.br
  Obrigado ao pessoal da Perse EBOOK
www.perse.com.br
  Ao Villardo pela ótima 'prosa' na feira e pela sua dedicatória
  E como não agradecer ao Marcos Leão, da Casa dos Espíritos, pela atenção, mais uma vez, despendida a este leitor.
  Ainda quero agradecer ao pessoal da Bibliex e da Madras Editora.

   E por fim, quero dizer que consegui muito material para falar aqui no Blog.






   Bom, agora é esperar 2017.

  #BienalRio2017







 Um pouco da Bienal 2015








domingo, 16 de agosto de 2015

O Agênere


“O dia amanheceu na lua Ganimedes como há muito tempo não ocorria ali, naquele recanto longínquo em relação ao planeta Terra. Uma notícia havia sido decodificada por aparelhos ultrassensíveis de rádio, de um tipo que permitia que as mensagens interestelares fossem captadas em tempo real, aliás, com um atraso de alguns míseros segundos. Era uma maravilha técnica de povos que trabalhavam unidos, dando origem a um suporte científico que auxiliaria muitos mundos no desenvolvimento da comunicação. Naquele dia, receberiam uma comitiva no satélite do planeta gigante, numa escala em meio à viagem rumo à lua terrestre, importantíssima base dos guardiões planetários. Depois de se disporem ao trabalho mais cedo do que de costume, Elial-bá-el e seu filho Sharan-el, juntamente com dois representantes de outra humanidade, caminhavam pelos longos corredores numa espécie de esteira rolante, no ambiente interno de uma das redomas preparadas para permitir o convívio de alienígenas de raças e procedências distintas. Os dois amigos eram um gray, nome dado em alusão à pele cinzenta dos de sua espécie, cujos representantes traziam olhos muito proeminentes, e o outro era um ser dos mundos de Capela, cujo corpo parecia ser feito de uma constituição mais sutil ou energética, e não propriamente material. Eram marcantes as diferenças entre os representantes das estrelas, incluindo altura, tamanho e proporções entre os membros. Enquanto os dois annunakis ultrapassavam os 3m, o capelino media em torno 2,2m e o gray, 1,6m. Não obstante, a robustez da constituição física ou a altura dos seres de modo algum determinava o grau de inteligência e a força de seus espíritos, atributos que não guardavam nenhuma relação com a fisiologia ou a morfologia das raças. Caminhavam todos sobre a esteira, rumo ao recinto onde receberiam os visitantes. Além da comitiva interestelar, também chegaria em breve a delegação da Terra, representada por um guardião que viria recepcionar os filhos das estrelas ali mesmo, em Ganimedes. “



TITULO: O Agênere

AUTOR: Robson Pinheiro

EDITORA: Casa dos Espíritos

PAG.: 382



    Assim começa o capitulo cinco desta obra. Este é o terceiro livro da série ‘Crônicas da Terra’, só para relembrar esta série correspondem as seguintes obras:

  • O fim da Escuridão
  • Os Nephilins, a origem.
  • O Agenere

  Nesta obra Robson Pinheiro continua a saga iniciada no Nephilins a cerca dos Annunakis e deste ser, conhecido como Agênere.

  Para quem nunca ouviu falar do termo:  Um Agênere, segundo o Espiritismo, seria um espírito momentaneamente materializado, assumindo as formas de uma pessoa encarnada, ao ponto de produzir uma ilusão completa. O assunto é abordado por Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns.

 Na Revista Espírita de 1859, o codificador do Espiritismo Kardec cita em seu artigo "Os Agêneres" as técnicas e aspectos teóricos relativos a esse tema.  Para saber mais, da uma passada neste link: http://www.cebatuira.org.br/estudos_detalhes.asp?estudoid=98

  Vamos continuar sobre o livro. Para quem esta acostumado a ler Robson Pinheiro pelo espírito Ângelo Inácio, vai perceber que em nada mudou a ‘pegada’. Você começa a ler e só larga o livro depois de terminar. Devo confessar que no inicio achei que o livro pegou bem ‘pesado’ em termos de erotismo e vale esta atenção. O livro vai pegar pesado no erotismo, porém é preciso que se entenda o motivo. A única forma que o Agênere tem para se abastecer de energias é sugando esta dos viventes. Claro que um ser espiritual pode roubar fluidos de várias formas, porém nenhuma é mais intensa do que pelo processo sexual. Lembremos dos relatos, no livro ‘Faz parte do meu Show’, onde é descrito um ambiente de Motel visto pelo mundo espiritual. Além disto temos a chamada ‘Kundalini’, uma energia quase física situada nesta região.


   Uma das passagens mais interessantes foi a de Angela Merkel confrontando o Agenere e o encontro com Enoque. Isto mesmo, Enoque, o patriarca Bíblico do Antigo Testamente, ainda vivo em nossos dias. Parece incrível, mas me lembro que Erick Von Daniken em seu Livro ‘Eram os Deuses Astronautas’ diz que seria interessante poder entrevistar Enoque, pois segundo sua teoria ele ainda poderia estar vivo. FANTÁSTICO!

 “ Aquele que ali se encontra é um dos filhos do terceiro Mundo. Foi um dos governantes de nosso povo. Chama-se Enoque, na linguagem dos terrestres. É um sábio mesmo, mas não no sentido que entendemos em nosso mundo. Ele colaborou em diversas situações, ao longo de milênios, para os avanços de seu povo. Por isto, recebeu a dádiva da vida longa e da saúde permanente. Suas células receberam um jato de energias revitalizantes, de maneira que ele se encontra preservado da decomposição comum aos habitantes de seu mundo.”

   O livro prossegue na descrição de como foi a colonização da Terra pelos ‘astronautas’, o uso de naves e ferramentas para que pudessem dominar o ambiente inóspito do planeta.

  O ponto que merece mais estudos é sobre uma entidade, que ele chama de Krill. Este ser seria o que ele chama de primeiro contato, especialista em psicotranferência. Este seria um dos Agêneres.  Não ficou bem claro quais os motivos pelo qual este ser faz o que faz. O grupo conhecido como MJ-12 da CIA, segundo o que se relata desde os anos 70, sabia alguma coisa sobre este ser. Existe a teoria de que este ser foi o responsável pelo primeiro contato do governo Americano com os seres de outro mundo.  O filme contatos imediatos, segundo consta, foi baseado neste evento.
 Este livro tem muitos pontos a serem estudados melhor. Vale a pena, nos faz pensar.


  Boa Leitura.

terça-feira, 21 de julho de 2015

A idade média



  A idade média inspirou e inspira até hoje filmes e livros, que gravam em nossa memória um imaginário da idade média que talvez não corresponda a realidade dos fatos.  Em tratando-se de idade média, temos Dez séculos de história, do século V ao século XV, que não podemos resumir ao simples ‘Feudalismo’.  Estudar e idade média é um exercício que nos leva a compreender como que foi a formação da identidade dos países que hoje compõe a Europa. E de certa forma entender um pouco daqueles países do continente Americano que foram por aqueles colonizados.





TITULO: A idade média

AUTOR: Jacques Le Goff

EDITORA: Nova Fronteira

PAG.: 119





   A presente obra, editada em 2012, apresenta-se em capas feita com papel cartão fosco e páginas em offset 75g/m2, ( aquelas meio amareladas ). Para quem nunca ouviu falar de Le Goff, vale aqui uma pequena explanação:

  'Jacques Le Goff  foi um historiador francês especialista em Idade Média. Autor de dezenas de livros e trabalhos, era membro da Escola dos Annales, empregou-se em antropologia histórica do ocidente medieval. Faleceu em 2014, porém deixou um legado de mais de 20 livros a cerca da idade média.'


   Esta obra é uma espécie de entrevista com Jacques Le Goff. Não há uma referência na obra para saber se foi o próprio que escreveu assim, ou se é uma transcrição de alguma entrevista real.

  Ao longo dos oito capítulos, Le Goff responde a perguntas sobre as grandes figuras do Medievo Ocidental, como os Cavaleiros, as Damas, os Clérigos, Leigos, Senhores, Servos, Burgueses, comerciantes, Artesãos, peregrinos, pobres, Templários,... Ainda descreve o funcionamento dos Castelos, catedrais, Mosteiros.


  Este livro pode e deve ser usado como uma introdução ao estudo mais aprofundado sobre o tema.

  Sobre a idade média, segundo Le Goff:

  “Esse longo período conservou o nome que lhe foi dado pelo Renascimento e que tinha, no começo, um sentido pejorativo: Vimos que algumas pessoas, ainda hoje, consideram a Idade Média como uma época Cruel ou ‘tenebrosa’, ao mesmo tempo violenta, obscura e ignorante. Sabemos, atualmente, que essa imagem é falsa, mesmo que tenha existido uma Idade Média da Violência: não apenas conflitos e guerras entre grupos e países, mas violência contra Judeus, com o começo do anti-semitismo, e repressão contra os rebeldes aos ensinamentos da Igreja, aqueles que eram chamados ‘Hereges’, por meio da inquisição. As Cruzadas, evidentemente, também fazem parte do balanço negativo."



  " Mas a Idade Média foi também, acho até que principalmente, um grande período criativo. Podemos ver isso nos domínios da arte, das instituições, sobretudo nas cidades, ( Temos as Universidades ), ou ainda no campo do pensamento – a filosofia que chamamos de ‘escolástica’ atingiu altos patamares do saber. Também vimos até que ponto a Idade Média criou ‘lugares de encontro’ comercial e festivos que nos inspiram até hoje.”





   Ótima leitura à todos!

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