“Em que mundo vivem os sonhos, as saudades, os anjos, enfim? Talvez
habitem um tempo não mensurável, um espaço não material.”
Mais uma trilogia de
Robson Pinheiro.
TITULO:
Cidade dos Espíritos
AUTOR: Robson Pinheiro
EDITORA: Casa dos espíritos
PAG: 454
Este é o primeiro livro da
trilogia os filhos da luz.
Mas uma vez o
trabalho gráfico da casa dos Espíritos é de tirar o chapéu. As bordas das folhas são negras, então o livro
fechado da impressão de ser um falso livro, naqueles só com capa e o interior maciço.
O trabalho gráfico da capa é lindo. Existem três figuras, um círculo, um triângulo
e um quadrado. Elas se repetem na borda também. Só o círculo é verde, o que da
a entender que no próximo o triângulo será verde e depois o quadrado. As primeiras
páginas de cada capítulo são negras e a primeira letra esta sempre na página
anterior ocupando quase toda ela. É uma
prova de que belos livros não precisam ser necessariamente caros.
Nesta nova trilogia, Ângelo
Inácio nos conta sua trajetória do outro lado da vida. Inicia sua narrativa já
no seu desencarne:
“ No
principio me deslumbrei com a possibilidade de estar fora do corpo, embora
somente aos poucos me desse conta de que a situação era irreversível. Os
pensamentos das pessoas no velório, familiares pensando em como ficariam os
direitos intelectuais de minhas obras e outras situações que considerei insólitas
naquele momento.”
Ângelo então nos leva
para conhecer ARUANDA, a cidade dos espíritos que orientam a evolução do mundo.
Lá se vive, se trabalha em prol da humanidade.
Outras cidades
espirituais são citadas na obra, como: Nosso lar, Grande Coração, Vitória Régia
e outras. Mas um livro para “incomodar”. Ângelo Inácio em sua descrição da
cidade, relata que observa pessoas “diferentes”, e lhe é explicado que trata-se
de amigos das estrelas, seres extraterrestres, que nos apóiam em nossa evolução.
Fala também do papel
dos Orixás, País Velhos, e outras entidades conhecidas no meio da Umbanda, porem
banidas do meio espírita convencional.
Por fim, Ângelo Inácio é levado a Central dos guardiões,
onde inicia seu trabalho, divulgando o plano daqueles que desejam que a humanidade
não evolua espiritualmente.
“ E enquanto muitos, milhões dormiam ou se perdiam em meio ao nevoeiro da
ilusão, do maia, mergulhados e completamente absortos no cenário oferecido pela
dimensão física, entre a materialidade e a realidade primitiva do mundo original,
eles, os guardiões, trabalhariam para o mundo despertar e para preservar o mesmo
mundo da destruição, das armadilhas da corrupção, das investidas das forças inimigas
do progresso e da evolução.”
Ótima leitura!
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