domingo, 28 de julho de 2013

Aruanda






 Acabei pegando este livro por acaso na internet. Pequeno e gostoso de ler. 

 Este não é um livro que pretende falar da doutrina da Umbanda. É mais uma obra que valoriza o trabalho dos Espíritos que se utilizam da roupagem fluídica de pais velhos e caboclos, auxiliando a humanidade encarnada e desencarnada. Talvez seja mesmo um grito contra o preconceito religioso, racial e espiritual, mostrando quanto os Espíritos superiores trabalham muito além das aparências.”



  TITULO: Aruanda
  AUTOR: Robson Pinheiro
  EDITORA: Casa dos espíritos
  PAG: 120

  Este livro é de 2004. É um livro que já comprei usado, uma publicação bem simples, nada parecido com as atuais obras editadas pela casa dos espíritos. Mas  o que importa é o seu conteúdo e este trouxe bastante esclarecimento em alguns pontos.    Conta a história do inicio da umbanda e sua real missão entre os homens.

 “A força, a arte ou o conhecimento que se convencionou chamar de magia está presente no mundo desde que surgiram os primeiros agrupamentos humanos. Inicialmente era considerado manifestação sobrenatural ou do mundo oculto todo e qualquer fenômeno que a mente humana primitiva não conseguia compreender. Em épocas recuadas, o homem já consagrava oferendas às forças titânicas e, até então, indomáveis da natureza. Assim começa a história da magia. “Quando estudamos o passado histórico das civilizações podemos compreender quanto a ignorância dos homens primitivos contribuiu para desencadear o desenvolvimento de crenças e lendas, que, de algum modo, procuravam dar sentido às percepções e aos fatos incompreendidos. São histórias, personagens, superstições que nasceram da incapacidade momentânea dos povos da Terra de explicar ou compreender as leis da natureza, nas mais diversas épocas e culturas. A história da magia em sua manifestação mais elementar confunde-se com esse estado de ignorância dos fenômenos naturais. Nasceram, assim, os deuses e demônios, os seres considerados sobrenaturais e detentores de poderes e conhecimentos além do alcance dos simples mortais.(...)”



 Algumas informações bem esclarecedoras sobre a magia e sobre os elementais.

  “Duas classes de elementais que merecem atenção são as ondinas e as ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e lagoas, nos rios e cachoeiras e, na Umbanda, são associadas ao orixá Oxum. As ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes, bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e irradiam intensa luminosidade.
— Sendo assim, qual é a diferença entre as ondinas e as ninfas, já que ambas são elementais das águas?
— A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das ninfas, que voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem desempenhando uma coreografia aquática. Para completar, temos ainda as sereias, personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros. Na realidade, sereias e tritões são elementais ligados diretamente às profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina, respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do mal.
— Eu pensei... — Eu sei, meu filho — interrompeu-me João Cobú. — Você pensou que tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar, Ângelo, que, em sua grande maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobertam uma realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas questões.
— E as fadas? Quando encarnado, vi uma reportagem a respeito de fotografias tiradas na Escócia, que mostravam várias fadas. O que me diz a respeito?
— Bem, podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual, adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo modo, auxiliam os espíritos superiores na elaboração de ambientes extra físicos com aparências belas e paradisíacas. E, ainda, quando espíritos perversos são resgatados de seus antros e bases sombrias, são as fadas, sob a supervisão de seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes.”

 Ele ainda fala mais sobre as Salamandras, Gnomos e Duendes mais a frente.

 Cada vês mais as coisas estão se fundindo em uma única informação, espiritismo, umbanda, esoterismo, etc... São os paradigmas de nossa era sendo quebrados.

 Um assunto tocado no livro e que eu vou pesquisar mais a respeito, é sobre o famoso elo perdido;

 “Como você sabe, Ângelo, até hoje os cientistas da Terra procuram o chamado “elo perdido”. Estão atrás de provas concretas, materiais da união entre o animal e o ser humano e buscam localizar o exato momento em que isso teria ocorrido. Em vão. Os espíritos da natureza, seres que concluíram seu processo evolutivo nos reinos interiores à espécie humana, vivem na fase de transição que denominamos elemental. Entretanto, o processo de humanização, ou, mais precisamente, o instante sideral em que adquirem a luz da razão e passam a ser espíritos humanos, apenas o Cristo conhece. Jesus, como representante máximo do Pai no âmbito do planeta Terra, é o único que possui a ciência e o poder de conceder a esses seres a luz da razão. E isso não se passa na Terra, mas em mundos especiais, preparados para esse tipo de transição. O próprio Kardec, que pude estudar ainda quando encarnado, aborda a existência desses mundos nos ditados de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.”

 Mais um livro obrigatório na biblioteca do buscador.

 Boa leitura.

sábado, 13 de julho de 2013

Cidade dos Espíritos!







 “Em que mundo vivem os sonhos, as saudades, os anjos, enfim? Talvez habitem um tempo não mensurável, um espaço não material.”

  Mais uma trilogia de Robson Pinheiro.


TITULO: Cidade dos Espíritos
  AUTOR: Robson Pinheiro
  EDITORA: Casa dos espíritos
  PAG: 454

  Este é o primeiro livro da trilogia os filhos da luz. 

 Mas uma vez o trabalho gráfico da casa dos Espíritos é de tirar o chapéu.  As bordas das folhas são negras, então o livro fechado da impressão de ser um falso livro, naqueles só com capa e o interior maciço. O trabalho gráfico da capa é lindo. Existem três figuras, um círculo, um triângulo e um quadrado. Elas se repetem na borda também. Só o círculo é verde, o que da a entender que no próximo o triângulo será verde e depois o quadrado. As primeiras páginas de cada capítulo são negras e a primeira letra esta sempre na página anterior ocupando quase toda ela.  É uma prova de que belos livros não precisam ser necessariamente caros. 

 Nesta nova trilogia, Ângelo Inácio nos conta sua trajetória do outro lado da vida. Inicia sua narrativa já no seu desencarne:
“ No principio me deslumbrei com a possibilidade de estar fora do corpo, embora somente aos poucos me desse conta de que a situação era irreversível. Os pensamentos das pessoas no velório, familiares pensando em como ficariam os direitos intelectuais de minhas obras e outras situações que considerei insólitas naquele momento.”

 Ângelo então nos leva para conhecer ARUANDA, a cidade dos espíritos que orientam a evolução do mundo. Lá se vive, se trabalha em prol da humanidade.
 Outras cidades espirituais são citadas na obra, como: Nosso lar, Grande Coração, Vitória Régia e outras. Mas um livro para “incomodar”. Ângelo Inácio em sua descrição da cidade, relata que observa pessoas “diferentes”, e lhe é explicado que trata-se de amigos das estrelas, seres extraterrestres, que nos apóiam em nossa evolução. 



 Fala também do papel dos Orixás, País Velhos, e outras entidades conhecidas no meio da Umbanda, porem banidas do meio espírita convencional. 

  Por fim, Ângelo Inácio é levado a Central dos guardiões, onde inicia seu trabalho, divulgando o plano daqueles que desejam que a humanidade não evolua espiritualmente.

 “ E enquanto muitos, milhões dormiam ou se perdiam em meio ao nevoeiro da ilusão, do maia, mergulhados e completamente absortos no cenário oferecido pela dimensão física, entre a materialidade e a realidade primitiva do mundo original, eles, os guardiões, trabalhariam para o mundo despertar e para preservar o mesmo mundo da destruição, das armadilhas da corrupção, das investidas das forças inimigas do progresso e da evolução.”




 Ótima leitura!

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