“Há uma trégua na
batalha. Os bravos soldados do Coronel Frost, feridos gravemente durante a terrível
luta pela posse da cebeceira norte da ponte de Arnhem, devem ser evacuados para
um hospital alemão. Os Alemães, demonstrando extraordinário senso de
camaradagem, oferecem bebidas, chocolate e cigarros...aos Ingleses, que os aviões
da RAF despejaram, por engano, em suas linhas.
No hospital montado em dependências do outrora
tranqüilo Hotel Shooonoord, um soldado inglês pede à enfermeira holandesa que dê
a sua ração a um recém baixado.
- Mas ele é alemão! – adverte a moça.
- Não importa. Dê para ele. Eu comi ontem.
A enfermeira não entende, não pode entender.
- Meu Deus! Por que, então, há uma guerra?
Cornelius Ryan
TITULO: Uma ponte
longe demais
AUTOR: Cornelius Ryan
EDITORA: Record
PAG: 473
Este talvez seja um dos livros mais famosos sobre a
segunda Guerra Mundial. Primeiramente editado no Brasil pela Record, que é o
exemplar que adquiri em 1995, editado por volta de 1974. Logo em seguida, ou em
paralelo, não sei bem, a Biblioteca do exército o editou, muito provavelmente
em 1978, ou por volta disto.
Ambas as publicações eram exatamente iguais,
hoje você pode encontrá-las em sebos, ou pode comprar um novo na Bibliex. São
encadernações tipo brochura, com capas de papel cartão e orelhas. O que tenho
em minha biblioteca é de 1974 e como disse esta comigo deste 1995 e esta em
boas condições.
Cornelius Ryan é um autor conhecido para quem
gosta do tema. Além desta obra em questão, você já deve ter ouvido falar no “O
dia mais longo da história” e “A última batalha”.
Se você não conhece a história, o livro é sobre uma operação comandada pelo General inglês
Montgomery que consistia em tomar TODAS as pontes
sob o Rio Reno e a partir daí penetrar na Holanda através de sua rede pluvial,
a última barreira natural antes da fronteira alemã.
O ataque aerotransportado codinome “Market Garden”
foi o maior já desferido até os dias de hoje. Cerca de 20 mil homens saltaram
de uma única vez sob os campos holandeses, atrás das linhas alemãs, em plena
luz do dia a bordo de mais de 5 mil aviões e 2 mil planadores.
A
ousadia da operação foi tamanha, que surpreendeu os alemães a ponto de não
reagirem nas Primeiras levas de Pára-quedistas, pois consideravam tal ação
impensável por parte dos aliados.
O plano era ousado demais, porem se desse
certo a guerra estaria terminada em 1944. O que os aliados não sabiam, era que
Himmler havia deslocado a nata das tropas para a Holanda. Suas forças contavam com a Elite da Tropa Nazista;
os Camisas Negras da SS e Divisões das Unidades Panzer Granadier,
dos praticamente invencíveis Tanques Panzer.
Os relatos baseiam-se em documentos e
depoimentos de quem esteve no local. Longe de ser uma narrativa puramente “militar”,
Ryan utiliza uma narrativa repleta de emoção.
É um livro maravilhoso de se ler. Eu li um
depoimento na internet de um leitor que disse que após ler este livro, ele se
achou com um grande problema. Outrora fã de ficção, do tipo “Senhor dos anéis”
e “Harry Potter”, ele diz que agora já não consegue ler este tipo de livro.
Bem, apesar
do completo fracasso em tomar a ponte de Arnhem, a principal das passagens rumo
a Holanda, o êxito aliado deu-se em outras duas Pontes; a de Nijmegen e a de
Waal. A cidade de Eidhoven também foi libertada pelos Norte Americanos e uma
divisão de Pára-quedistas Ingleses conseguiu ser Resgatada pela lendária “506º
Easy Company”
- parte integrante da 101º Divisão Aerotransportada dos EUA.
Se você procura um bom livro sobre a Segunda Guerra, vale a dica. Para os estudiosos do tema, que ainda não o leram, é um livro obrigatório.
Para saber mais deste tema;
Veja o filme:
"Uma ponte longe demais", baseado neste livro.
Veja a série "Band of Brothers", da HBO.
Boa leitura.
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