domingo, 5 de agosto de 2012

"Uma ponte longe demais"








  “Há uma trégua na batalha. Os bravos soldados do Coronel Frost, feridos gravemente durante a terrível luta pela posse da cebeceira norte da ponte de Arnhem, devem ser evacuados para um hospital alemão. Os Alemães, demonstrando extraordinário senso de camaradagem, oferecem bebidas, chocolate e cigarros...aos Ingleses, que os aviões da RAF despejaram, por engano, em suas linhas.
 No hospital montado em dependências do outrora tranqüilo Hotel Shooonoord, um soldado inglês pede à enfermeira holandesa que dê a sua ração a um recém baixado.
 - Mas ele é alemão! – adverte a moça.
 - Não importa. Dê para ele. Eu comi ontem.
 A enfermeira não entende, não pode entender.
 - Meu Deus! Por que, então, há uma guerra?
 Cornelius Ryan





 

TITULO: Uma ponte longe demais
AUTOR: Cornelius Ryan
EDITORA: Record
PAG: 473

  Este talvez seja um dos livros mais famosos sobre a segunda Guerra Mundial. Primeiramente editado no Brasil pela Record, que é o exemplar que adquiri em 1995, editado por volta de 1974. Logo em seguida, ou em paralelo, não sei bem, a Biblioteca do exército o editou, muito provavelmente em 1978, ou por volta disto.

 Ambas as publicações eram exatamente iguais, hoje você pode encontrá-las em sebos, ou pode comprar um novo na Bibliex. São encadernações tipo brochura, com capas de papel cartão e orelhas. O que tenho em minha biblioteca é de 1974 e como disse esta comigo deste 1995 e esta em boas condições.

 Cornelius Ryan é um autor conhecido para quem gosta do tema. Além desta obra em questão, você já deve ter ouvido falar no “O dia mais longo da história” e “A última batalha”.

 Se você não conhece a história, o livro é sobre uma operação comandada pelo General inglês Montgomery  que consistia em tomar TODAS as pontes sob o Rio Reno e a partir daí penetrar na Holanda através de sua rede pluvial, a última barreira natural antes da fronteira alemã.

 O ataque aerotransportado codinome “Market Garden” foi o maior já desferido até os dias de hoje. Cerca de 20 mil homens saltaram de uma única vez sob os campos holandeses, atrás das linhas alemãs, em plena luz do dia a bordo de mais de 5 mil aviões e 2 mil planadores.


A ousadia da operação foi tamanha, que surpreendeu os alemães a ponto de não reagirem nas Primeiras levas de Pára-quedistas, pois consideravam tal ação impensável por parte dos aliados.

 O plano era ousado demais, porem se desse certo a guerra estaria terminada em 1944. O que os aliados não sabiam, era que Himmler havia deslocado a nata das tropas para a Holanda. Suas forças contavam com a Elite da Tropa Nazista; os Camisas Negras da SS e Divisões das Unidades Panzer Granadier, dos praticamente invencíveis Tanques Panzer.

 Os relatos baseiam-se em documentos e depoimentos de quem esteve no local. Longe de ser uma narrativa puramente “militar”, Ryan utiliza uma narrativa repleta de emoção.
 É um livro maravilhoso de se ler. Eu li um depoimento na internet de um leitor que disse que após ler este livro, ele se achou com um grande problema. Outrora fã de ficção, do tipo “Senhor dos anéis” e “Harry Potter”, ele diz que agora já não consegue ler este tipo de livro.  

 Bem, apesar do completo fracasso em tomar a ponte de Arnhem, a principal das passagens rumo a Holanda, o êxito aliado deu-se em outras duas Pontes; a de Nijmegen e a de Waal. A cidade de Eidhoven também foi libertada pelos Norte Americanos e uma divisão de Pára-quedistas Ingleses conseguiu ser Resgatada pela lendária “506º Easy Company - parte integrante da 101º Divisão Aerotransportada dos EUA.

 Se você procura um bom livro sobre a Segunda Guerra, vale a dica. Para os estudiosos do tema, que ainda não o leram, é um livro obrigatório.





  Para saber mais deste tema;

 Veja o filme:
 "Uma ponte longe demais", baseado neste livro.



 Veja a série "Band of Brothers", da HBO. 

Boa leitura.


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