domingo, 16 de março de 2014

Os Imortais



 “Os espíritos nada mais são que as almas dos homens que já morreram. Os imortais ou espíritos superiores também já tiveram seus dias sobre a terra, e a maioria deles ainda os terá. Portanto, são como irmãos mais velhos, gente mais experiente, que desenvolveu mais sabedoria, sem deixar, por isso, de ser humano. Por que haveria, então, entre os espiritualistas tanta dificuldade em admitir esse lado humano? Por que a insistência em ver tais espíritos apenas como seres de luz, intocáveis, venerandos, angélicos, até, completamente descolados da realidade humana?”



TITULO: Os imortais – Terceiro volume da trilogia “Os filhos da luz”
AUTOR: Robson Pinheiro
EDITORA: Casa dos espíritos
PAG.: 423

  Este é o ultimo livro da série “Filhos da luz”. Que Robson Pinheiro lançou logo após o “Reino das sombras”. As duas trilogias na verdade compõem uma única. E entre as duas ainda existe uma outra que ainda não saiu do primeiro Volume, porém que precisa ser lida para entender algumas etapas desta trilogia.

  Seguindo o padrão desta trilogia, este volume é na cor rosa, e a figura geométrica, que já relatei quando falei dos outros dois volumes, é o quadrado. As bordas das folhas mantem o tom preto, dando um requinte especial a obra.

  Neste terceiro e ultimo volume, o Espírito Ângelo Inácio nos leva em uma viagem para capturar os magos negros. Lembrando que nas séries anteriores os Dragões foram subjugados pelas forças da luz, colocando os Magos negros no topo da hierarquia das sombras.


  Porém, o ponto de reflexão da obra, é sobre como os espiritas enxergam seus guias. Por que todos os guias tem que ser alguém de renome? Por que não seria um ser comum, um João, um José, uma Maria...?

  Porque nosso ego só nos permite acreditar quando as mensagens são assinadas por estes ditos seres iluminadas.  E o ponto mais importante, até que ponto as forças contrárias a evolução humana não poderiam se aproveitar desta nossa fraqueza e inserir falsas verdades que podem causar desavenças e confusões no meio?

 Esta questão deve ser estuda a fundo pelos dirigentes de casas espíritas. Pois quantas já não estão corrompidas pelas disputas de poder e Ego? E não só em casas espíritas, até nos templos religiosos o que vê-se são disputas de egos e não a intenção pura e verdadeira de ajudar ao próximo.

  Infelizmente muitos espíritas não darão a mínima para o relato de Ângelo Inácio. Sequer farão uma verdadeira introspecção e avaliar a conduta de seu grupo e de seus guias.


 Como já disse não sou espírita, apesar de estudar o assunto. Por mais que tivesse a vontade de entrar para um grupo, sempre tive um pouco de receio de tentar ser conduzido por certos dogmas. Acho que dogmas só servem para bloquear a visão, enquanto o que devemos é na verdade expandir cada vez mais nossa mente através do conhecimento.

  Espero que este livro seja a chave para abrir os portais e revelar a verdadeira imagem daqueles, que do outro lado, nos guiam. Sem preconceitos, sem paradigmas. Assim que entendermos e aceitarmos, estaremos mais próximos da mensagem do mestre e mais perto de entendermos nossa imortalidade.

 Boa leitura.


quarta-feira, 5 de março de 2014

No substitute for Victory. "Não há substituto para a vitória"


 “Os valores ensinam-lhe a ser altivos e firmes no fracasso, mas humilde e nobre no sucesso; a não substituir palavras por atos, a não procurar o caminho fácil, mas a enfrentar a tensão e o estimulo da dificuldade e do desafio. Aprender a se levantar na tempestade, mas ter compaixão daqueles que caem; a se controlar antes de procurar controlar os outros; a ter um coração limpo, um objetivo nobre; aprender a rir, sem nunca negligenciar o passado; ser sério, porém nunca se levar muito a sério; ser modesto para que possa se lembrar da simplicidade da verdadeira grandeza, da mente aberta para a verdadeira sabedoria, da brandura da verdadeira força.”



TITULO: MacArthur – lições de estratégia e de Liderança
AUTOR: Theodore Kinni e Donna Kinni
EDITORA: Biblioteca do exército - BIBLIEX
PAG.: 248

  Mais uma grata surpresa da BIBLIEX. A versão em português da obra “No substitute for Victory”. Capas em papel cartão plastificado sem brilho, com orelhas e impresso em offset branco. Na verdade a capa é praticamente idêntica a versão original em inglês.


 Numa época em que o mundo esta sendo sacudido pela violência da guerra, onde as pessoas viam suas vidas e suas famílias sendo dragadas pelo caos. Ele apontou a vitória no horizonte e fez com que todos o seguissem.

  Para quem acha que tratar-se de apenas mais uma biografia, esta enganado. Na verdade o livro vai muito além de uma biografia. É, digamos, uma espécie de manual para lideranças, não só militares, mas das organizações como um todo, tendo como exemplo a vida do grande General.

 “ O exemplo de liderança de MacArthur é um que se cingiu com firmeza a esses valores e, mesmo após 40 anos de sua morte, eles continuam associados intimamente a ele. Os valores são: Dever, Honra e Pátria, o credo de West Point e a base da liderança militar de nossa nação.
 Dever é o dever para com a organização, para com aqueles que você lidera e para com aqueles que você segue. Honra é o imperativo da integridade pessoal. Pátria é o apoio declarado e certo dos princípios nos quais nossa nação é baseada. Esses são os valores que podem prover uma base firme para os líderes de qualquer organização, e eu encorajo o leitor a adotá-los e a praticá-los, rigorosamente.”


  Conhecendo a história de MacArthur pude de fato ter uma noção da grandiosidade deste homem. Líder em todos os campos do conhecimento. Dominava como poucos, todas as ferramentas da liderança, tais como:

Arte da Comunicação

 Iniciativa

 Confiança

 Coragem

 Gerenciar pessoas positivamente

 Conhecedor da história

 Etc...

  Sua administração do Japão pós-guerra, foi um exemplo de visão de futuro. E se hoje o Japão é a potência que é, deve grande parte a este General, que não permitiu que o mesmo fosse retalhado entre as potências vencedoras, tal qual ocorreu com a Alemanha.

  A mesma visão de futuro que levou-o a prever a derrota da Alemanha no dia seguinte à invasão da União Soviética.

“Eles não estudaram a história Russa.  Napoleão cometeu o mesmo erro e Hitler se enrolará tal como Bonaparte, porém com perdas infinitamente maiores. Os Russos nunca irão se render. Eles possuem um efetivo ilimitado e podem recuar, milha por milha, livres, pela Sibéria. Em dois meses, as chuvas irão começar e, um mês depois, o inverno Russo chegará. Ninguém no mundo pode resistir ao inverno na Rússia como os Russos e, certamente, nem os Alemãs.”

 Ainda bem que ele estava do nosso lado

   Em homenagem a este grande homem, existe um memorial em Norfolk, Virginia. Entre no site: http://www.macarthurmemorial.org/
Nele você encontrará fotos, registros, textos e muito mais sobre a vida deste  grande líder. Vale a pena dar uma passada por lá.

  A partir da segunda parte do livro, onde são detalhados todos os pontos da liderança, o autor sempre coloca duas questões para o leitor. Por exemplo, no capítulo 18, onde ele fala do líder como exemplo, ao fim ele questiona;

 "-Você esta consciente de como as suas ações, declarações e comportamentos afetam  os outros?"
 "- As pessoas em sua organização e em sua comunidade podem, orgulhosamente, seguir o seu exemplo?"

  Eu recomendo este livro para todos aqueles que se interessam pelo assunto “Segunda Guerra Mundial” e também para aqueles interessados em aprender mais sobre liderança. Este livro também pode ser usado para ilustrar exemplos em palestras de liderança organizacional e motivação.

  Um livro completo. Boa leitura!



segunda-feira, 3 de março de 2014

Giselle - A amante do inquisidor



“Não existe no mundo quem não tenha praticado uma ação digna, por menor e mais insignificante que possa parecer. Não há aquele cujos pensamentos e sentimentos, por uma fração de segundo que seja, não se tenha voltado para seu irmão com uma pontinha de piedade ou arrependimento.
 É isso porque todos nós, sem exceção, somos dotados da centelha divina que nos acompanham desde a nossa criação. Alguns, mais ávidos e mais corajosos, aprendem com maior rapidez essa verdade e logo alcançam a paz interior, alçando planos mais elevados de compreensão. Outros, mais embrutecidos, teimam em persistir apegados a falsos valores de felicidade e se perdem nas vias do terror, infligindo-se sofrimentos e vicissitudes que poderiam ser contornados. “


TITULO: Giselle – A amante do inquisidor
AUTOR: Mônica de Castro
EDITORA: Vida & Consciência
PAG.: 370

  Sempre gostei muito de ler e sempre prestei muita atenção ao que os outros leem. Sabe, eu penso assim: “- Se alguém lê tanto disto, quem sabe não seja interessante.” E desta forma fui diversificando meu hábito de leitura, experimentando pouco de cada estilo. Mas tem uma coisa que não esqueço.

 Quando tinha por volta dos meus treze, quatorze anos, via uma as minhas tias sempre com um livro na mão. Ela devorava aqueles livros, de impressão pobre, capas sem orelhas, páginas amareladas e as capas eram todas muito parecidas. Para quem ainda não se ligou, ela lia, ou melhor, devorava, aqueles romances que vendem em bancas de jornal. Eram, acho, uma espécie de novela, “Bianca”, “Julia”, “Sabrina”,... As capas sempre mostravam um homem e uma mulher em situações que, digamos, mexia com a imaginação. Acho que era esta a intenção.


 Um dia resolvi matar a curiosidade e comprei para ler um destes. Não consegui terminar de ler. Era uma espécie de enredo de novela mexicana, temperada com muito romance e cenas “picantes”. Francamente, aquele tipo de leitura não dava.
  Por que iniciei este post assim? Bem, semana passada uma amiga me emprestou um livro, um romance espirita. De inicio, parecia interessante, porém conforme fui adiante na leitura, parecia cada vez mais que estava lendo um daqueles livros que mencionei lá em cima.

  O pano de fundo é a Espanha, na época da inquisição. A inquisição Espanhola é tida como a mais cruel da história. Apesar de que alguns estudos apontam que podem ter ocorrido distorções por parte dos protestantes, que tentavam minar o poder da Espanha. Mas o fato é que a inquisição Espanhola, foi a mais eficaz da Europa e todos os seus processos foram minuciosamente catalogados e hoje são fruto de sérios estudos por parte de historiadores do período. Enquanto o Santo ofício trabalhou na Espanha, foram mais de Treze mil julgamentos.

  O livro não revela o período dos acontecimentos. Pode ter sido entre os anos de 1481 à 1826. Nenhum dos nomes dados aos inquisidores existiu de fato. Não estranhei, por se tratar de um romance mediúnico, ou seja, ditado por alguém que esteve presente aos fatos. Porém um sobrenome me chamou a atenção, “Valdés”.  No romance aparece como o sobrenome de uma das vítimas do Santo ofício, como “Valdez”, e por coincidência, ela foi absolvida. O sobrenome é o mesmo de um arcebispo de Servilha, “ Fernando Valdés”, trabalhou para o santo ofício de 1547 à 1566, renunciando ao cargo. Eu apostaria que este seria o período em que se passa os eventos.

 O livro é uma amostra dos “anos mais negros da nossa história”. Onde as pessoas eram torturadas, julgadas e mortas. Apenas para satisfazer os caprichos de uns poucos e a igreja ainda ficava com todos os bens do condenado, deixando a família na pobreza total.

  Como livro de ensinamentos espirituais, bem, isto fica apenas para o ultimo capítulo.

 “ A humanidade caminha para o crescimento. Desde que o homem pisou na terra pela primeira vez, vem lutando para evoluir, em todos os sentidos. Existem muitas diferenças entre o homem de hoje e o da pré-história. O homem não conhecia o fogo, o ferro, a espada. Também não sabia o que ra o amor, amizade, perdão. Vivia por seus instintos e para seus instintos. Se alguém ameaçava, respondia com violência e agressão. Matava-se porque não se conhecia o valor da vida alheia, mas apenas o de sua própria vida. O homem de hoje, apesar de ainda guardar muito desse primitivismo já foi se socializando e criou normas que o auxiliam a conviver com seus semelhantes. Só que o egocentrismo ainda perdura, trazendo a sede de poder, e falsos valores de moral e religiosidade imperam na mentalidade humana. Deus não quer a morte de suas criaturas. Quer que elas aprendam a se amar. Ninguém precisa matar para defender o nome de Deus, porque Ele é inatingível pelos atos humanos. Porque é amor em essência, e o amor tudo compreende e perdoa, não se ressentindo das atitudes infantis de quem ainda não conhece os verdadeiros valores do espírito. Mesmo que você o repudie ou o ofenda, Deus jamais se zangará ou punirá. Ao contrário, lhe enviará cada vez mais ondas vibrantes de amor, para que você possa despertar o amor dentro de você e crescer.”

  Pode parecer estranho, mais não é livro que eu recomendaria. A não ser que você goste destes romances. Como um livro de ensinamentos, onde você poderia tirar histórias para vida, esta muito longe. Como livro histórico, sobre o período? Muito duvidoso, apesar de contar fatos reais do período, porém nada “rastreáveis”. Se você não tem nada para ler e este livro cair nas suas mãos, vai em frente e leia. Mas se tiver outra coisa para ler, esquece este livro.


 Boa leitura.

domingo, 2 de março de 2014

o que vem por ai...




 Olá meus amigos leitores.
 Alguns já me questionaram a ausência de atualizações em meu Blog.

  Calma, não abandonei meu blog, nem a leitura. De fato as obrigações do dia a dia me fizeram dar uma diminuída no ritmo de leitura. Mas olha o que estou preparando;

97% da leitura concluída.


58% da leitura concluída. Este livro me foi emprestado semana passada por uma amiga.



40% da leitura concluída. Um livro surpreendente, porém complicado. Estou lendo aos poucos, e mesmo assim as vezes acabo tendo que voltar atrás para poder entender.


  Na outra semana minha mãe emprestou para minha esposa o novo livro do Willian P. Young.

Vamos ver se é tão bom quanto o "A cabana"


Para coroar, hoje entrei em uma livraria e comprei o terceiro volume da trilogia "Os filhos da luz."


                                                                           
 Vou aproveitar a pausa de carnaval e cair em cima da leitura.


Bom carnaval a todos e boa leitura!

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