quinta-feira, 7 de junho de 2012

Epopéia de Gilgamesh

 Desde o inicio dos tempos o homem tenta entender sua condição de “mortal”. O homem busca o conhecimento como uma forma de tentar escapar ao destino comum. A milhares de anos atrás um rei empreendeu uma epopéia em busca deste conhecimento. Seu nome? Gilgamesh.

TITULO: A epopéia de Gilgamesh
AUTOR: Anônimo
 EDITORA: Martins Fontes
 PÁG: 182


  Depois da Ilíada e da Odisséia, este sem dúvidas é um daqueles livros clássicos que devem ser lidos. Este livro eu comprei em 2005, é uma edição de 2001. Lembro-me que na época paguei R$ 10,00.

 Esta é uma edição de bolso. Porem, diferente de outras edições deste tipo, é encadernado com muito capricho. As duas capas são feitas de uma espécie de cartolina encerada e com orelhas. O tamanho da fonte é bom, para um livro destas dimensões. O livro trás uma primeira parte que é uma espécie de apresentação e um pouco do histórico do livro. E logo em seguida, na segunda parte, o livro em si.

 Se você nunca ouviu falar deste livro, vale então uma breve elucidação sobre o mesmo.

 O Livro de Gilgamesh ficou mais conhecido por volta do século XIX, pelos idos de 1800, quando foi publico um livro intitulado “O dilúvio Assírio”  que era na verdade uma parte do livro de Gilgamesh que fora descoberto um século antes. Até hoje a narrativa do dilúvio, descrito neste livro é motivo de inúmeros debates. Sua descrição é idêntica ao que esta no Genesis Bíblico. Porem sua datação é muito mais antiga do que a descrita pelo patriarca Bíblico, Moises, o qual se atribui a autoria deste.

 Não se sabe ao certo a data no qual foram escritos os originais. Isto se deve ao fato de que, ao longo do tempo estes textos foram copiados por inúmeros povos. A versão mais completa que temos hoje do livro, que é esta publicação, na verdade é uma junção de vários achados arqueológicos de diferentes épocas e de locais diferentes. Seu registro mais completo provém de uma tábua de argila escrita em língua acádia do século VIII a.C. pertencente ao rei Assurbanipal, tendo sido no entanto encontradas tábuas que datam do século XX a.C., sendo desta forma o mais antigo texto literário conhecido.

 Alguns estudiosos do livro acreditam que o nome Gilgamesh, seja o ser humano mais velho conhecido pelo nome em nossa história.  Uma obra que existe a tanto tempo e que foi tão freqüentemente copiada e alterada, é quase impossível buscar uma precisão histórica dos eventos narrados.

 Ao longo da narrativa, se você já possui um bom conhecimento de história antiga, vai encontrar analogias as lendas e Deuses Gregos e Egípcios. A começar pelo próprio personagem principal que é descrito como “ Dois terços deus e um terço homem.”

 Mas afora esta confusão, a obra, apresenta um alto grau de unidade espiritual, que é a mensagem do livro. Sendo o próprio Gilgamesh, um pessimista em relação ao mundo e a vida humana. O livro tem dois grandes panos de fundo. O primeiro é de um Gilgamesh ambicioso, que sempre busca um desafio e sua única preocupação é deixar um nome para ser lembrado. E um segundo, que com a morte de seu grande amigo, Gilgamesh passa a questionar a mortalidade e empreende um grande viagem em busca da imortalidade.

 Apesar de bem antigo sua epopéia é fascinante. Impossível não se prender à  leitura. Infelizmente o livro, como todos os livros deste período, não esta completo. Faltam lacunas de textos que ainda não foram encontrados e provavelmente não o serão. Mas isto em nada atrapalha.


 Para saber mais:

http://simb-diriodeumadesempregada.blogspot.com.br/2011/09/epopeia-de-gilgamesh.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Epopeia_de_Gilgamesh

 Boa leitura.

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