sexta-feira, 18 de maio de 2012

Acaso ou destino?


Destino... Você acredita em destino? Acredita que estamos pré-destinados? Que toda a nossa vida, apesar de nosso livre arbítrio, já esta traçada? E que por mais que façamos escolhas, o Universo sempre encontrará um jeito de “acertar” as coisas?
 Eu já falei um pouco deste “mecanismo Universal”, que parece sempre conduzir as coisas para um determinado fim. Obviamente que em nosso dia à dia não nos damos conta. Mas quando analisamos a história passada, notamos que alguns fatos parecem tão propositalmente inseridos que podemos, neste instante, acreditar em qualquer teoria louca da conspiração.
 Um simples ponto colocado no local errado de uma ordem, leva um exército à sua total destruição. Um barril de aguardente proporciona o iniciar de eventos que culminarão com a queda da Bastilha. Por falta de pregos, toda a brilhante e corajosa investida de um exército termina em sua destruição e uma humilhante derrota.
 Nas palavras de Eric Durschmied:
 “ Destino não é algo que se escolhe, ele simplesmente acontece e afeta a vida e a morte de um homem. O destino é um evento cuja ocorrência depende inteiramente da vontade de outras pessoas. Basta uma ordem estúpida e um homem estúpido o bastante para cumpri lá.”

 
TITULO: Fora de Controle
AUTOR: Eric Durschmied
EDITORA: Ediouro
PAG.: 430

 Este é o meu livro de cabeceira. Se você me encontrar em casa e eu não estiver lendo um livro novo, provavelmente me acharás com este livro na mão. É impossível não rele-lo.
 Neste livro, Eric Durschmied nos transporta através das principais batalhas da história. De Tróia a Guerra do Golfo, passando por Napoleão, Hitler e até pela queda do Muro de Berlin. Com sua narrativa Jornalística, ele recria todos os cenários, diálogos e acasos. Sim acasos... Pois é sobre isto que se trata a obra. Eric nos revela como o acaso e a estupidez mudaram a história do mundo.
 Eric Durschmied é jornalista historiador, que nasceu e Viena, nos anos 30. Após a segunda Guerra emigrou para o Canadá. Foi correspondente das tv’s BBC e CBS. Cobriu os conflitos no Afeganistão, Belfast, Beirute, Irã, Iraque e Vietnã. Diversas vezes premiado pelos seus trabalhos de correspondente de guerra. Vive em Paris atualmente.
 Por ter sido correspondente no Vietnã, o capitulo XV “Morte de um Homem, Vietnã, 31 de Janeiro de 1968”, é um relato em primeira pessoa, com uma narrativa empolgante e ao mesmo tempo assustadora daquele período.

 
 Alguns podem querer criticar a obra de Eric pelo mesmo tentar fazer suposições do tipo, “E se...”. Obviamente que a história não pode ser mudada, então que mal há em se fazer especulações a cerca do desenrolar dos fatos? Eu gosto deste tipo de abordagem. Nós faz refletir em como chegamos até aqui. E esta é uma questão que parece simples, mas não é. Conta-se, não sei até que ponto a história é verídica, que um grupo de cientistas foi reunido e eles tiveram como objetivo formular uma única pergunta que seria dirigida a uma entidade extraterrestre, quando ela fizesse contato. E a pergunta foi: “ Como vocês conseguiram?”
 Um livro para se ler e refletir sobre estas gerações que perderam o melhor de sua época, por conta de acasos e idiotices de alguns comandantes.

 
 A sinopse deste livro, começa assim: “ Uma visão das mais importantes batalhas de História; e você não precisa ser conhecedor da área nem temer que seja um livro árido: nada disto.” Freia ai!!! Vale aqui uma humilde opinião minha. De fato o livro em momento algum é de uma leitura árida, pelo contrário. Porém, devo discordar com relação ao que ele diz a cerca de não precisar ser um conhecedor da área. Se você não conhecer um mínimo que seja do contexto histórico no qual esta inserida a batalha, o livro pode, em alguns capítulos, se tornar “muito militar”. Vou citar um trecho para melhor compreensão:
 Cap X – Pag 227 – “ Foi tudo muito simples. Samsonov caiu na armadilha no momento em que o 2° Exército saiu de Neidenburg e atacou o centro exposto da 20° unidade alemã, (...). A linha Alemã não se rompeu. Em seguida, Samsonov viu-se no meio da artilharia cerrada das unidades de Mackense e Below, que aniquilaram o flanco direito dos Russos. Quando Samsonov tentou escapar, rumando para o noroeste com suas tropas, deu de frente com a 3° unidade de reserva, enquanto a 17° unidade se deslocava para o sul, para unir-se a 1° unidade perto da aldeia de Willenberg. A precisão da artilharia alemã, orientada por aviões, foi essencial para o êxito.”

 De certo modo é um livro que eu recomendo a todos os tipos de leitores.

Para Saber mais:
 - Enciclopédia das Guerras. – Editora MBooks
 - Filme – CRUZADA. Título original Kingdom of Heaven.

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