Destino... Você acredita em destino? Acredita que estamos
pré-destinados? Que toda a nossa vida, apesar de nosso livre arbítrio, já esta
traçada? E que por mais que façamos escolhas, o Universo sempre encontrará um
jeito de “acertar” as coisas?
Eu já falei um pouco
deste “mecanismo Universal”, que parece sempre conduzir as coisas para um
determinado fim. Obviamente que em nosso dia à dia não nos damos conta. Mas
quando analisamos a história passada, notamos que alguns fatos parecem tão
propositalmente inseridos que podemos, neste instante, acreditar em qualquer
teoria louca da conspiração.
Um simples ponto
colocado no local errado de uma ordem, leva um exército à sua total destruição.
Um barril de aguardente proporciona o iniciar de eventos que culminarão com a
queda da Bastilha. Por falta de pregos, toda a brilhante e corajosa investida
de um exército termina em sua destruição e uma humilhante derrota.
Nas palavras de Eric
Durschmied:
“ Destino não é algo que se escolhe, ele simplesmente acontece e afeta
a vida e a morte de um homem. O destino é um evento cuja ocorrência depende
inteiramente da vontade de outras pessoas. Basta uma ordem estúpida e um homem
estúpido o bastante para cumpri lá.”
TITULO: Fora de
Controle
AUTOR: Eric
Durschmied
EDITORA: Ediouro
PAG.: 430
Este é o meu livro de
cabeceira. Se você me encontrar em casa e eu não estiver lendo um livro novo,
provavelmente me acharás com este livro na mão. É impossível não rele-lo.
Neste livro, Eric
Durschmied nos transporta através das principais batalhas da história. De Tróia
a Guerra do Golfo, passando por Napoleão, Hitler e até pela queda do Muro de
Berlin. Com sua narrativa Jornalística, ele recria todos os cenários, diálogos
e acasos. Sim acasos... Pois é sobre isto que se trata a obra. Eric nos revela
como o acaso e a estupidez mudaram a história do mundo.
Eric Durschmied é
jornalista historiador, que nasceu e Viena, nos anos 30. Após a segunda Guerra
emigrou para o Canadá. Foi correspondente das tv’s BBC e CBS. Cobriu os
conflitos no Afeganistão, Belfast, Beirute, Irã, Iraque e Vietnã. Diversas
vezes premiado pelos seus trabalhos de correspondente de guerra. Vive em Paris
atualmente.
Por ter sido
correspondente no Vietnã, o capitulo XV “Morte de um Homem, Vietnã, 31 de
Janeiro de 1968”,
é um relato em primeira pessoa, com uma narrativa empolgante e ao mesmo tempo
assustadora daquele período.
Alguns podem querer
criticar a obra de Eric pelo mesmo tentar fazer suposições do tipo, “E se...”.
Obviamente que a história não pode ser mudada, então que mal há em se fazer
especulações a cerca do desenrolar dos fatos? Eu gosto deste tipo de abordagem.
Nós faz refletir em como chegamos até aqui. E esta é uma questão que parece
simples, mas não é. Conta-se, não sei até que ponto a história é verídica, que
um grupo de cientistas foi reunido e eles tiveram como objetivo formular uma
única pergunta que seria dirigida a uma entidade extraterrestre, quando ela
fizesse contato. E a pergunta foi: “ Como vocês conseguiram?”
Um livro para se ler
e refletir sobre estas gerações que perderam o melhor de sua época, por conta
de acasos e idiotices de alguns comandantes.
A sinopse deste
livro, começa assim: “ Uma visão das mais importantes batalhas de História; e
você não precisa ser conhecedor da área nem temer que seja um livro árido: nada
disto.” Freia ai!!! Vale aqui uma humilde opinião minha. De fato o livro em
momento algum é de uma leitura árida, pelo contrário. Porém, devo discordar com
relação ao que ele diz a cerca de não precisar ser um conhecedor da área. Se
você não conhecer um mínimo que seja do contexto histórico no qual esta
inserida a batalha, o livro pode, em alguns capítulos, se tornar “muito
militar”. Vou citar um trecho para melhor compreensão:
Cap X – Pag 227 – “
Foi tudo muito simples. Samsonov caiu na armadilha no momento em que o 2°
Exército saiu de Neidenburg e atacou o centro exposto da 20° unidade alemã,
(...). A linha Alemã não se rompeu. Em seguida, Samsonov viu-se no meio da
artilharia cerrada das unidades de Mackense e Below, que aniquilaram o flanco
direito dos Russos. Quando Samsonov tentou escapar, rumando para o noroeste com
suas tropas, deu de frente com a 3° unidade de reserva, enquanto a 17° unidade
se deslocava para o sul, para unir-se a 1° unidade perto da aldeia de Willenberg.
A precisão da artilharia alemã, orientada por aviões, foi essencial para o
êxito.”
De certo modo é um
livro que eu recomendo a todos os tipos de leitores.
Para Saber mais:
- Enciclopédia das
Guerras. – Editora MBooks
- Filme – CRUZADA. Título
original Kingdom of Heaven.
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